O ministro português das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, esclareceu nesta segunda-feira, dia 9 de maio, que o plano de reestruturação da TAP prevê um prejuízo de até 54 milhões de euros este ano. Lucros só deverão aparecer no exercício de 2025.
O ministro Pedro Nuno Santos foi ouvido na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado Português para 2022 (OE2022).
Em resposta ao deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira, o ministro afirmou que “o que está previsto é que haja um prejuízo em 2022 de 54 milhões de euros”.
Este número “é o que está previsto no plano de reestruturação, podemos ter melhor, espero que tenhamos melhor ainda, não pior”, prosseguiu Pedro Nuno Santos.
“Está previsto 54 milhões de euros, tal como está previsto em 2023 a TAP atingir o equilíbrio operacional e em 2025 ter lucro”, rematou o ministro das Infraestruturas e Habitação.
“As receitas da TAP estão a subir em linha, mas bocadinho acima da globalidade do setor”, disse o governante.
Ou seja, “quer dizer que a TAP não está mal do ponto de vista de receitas quando comparada com os seus concorrentes”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
Durante a sua audição, o governante salientou que a Portugália Airlines “é um dos instrumentos mais importantes na estratégia de recuperação da TAP”, salientando que o trabalho desta empresa é de feeder, alimentador da TAP”.
Ministro Pedro Nuno Santos: A TAP “não açambarca slots que não usa” no aeroporto de Lisboa
Interrogado acerca dos slots no Aeroporto de Lisboa, um assunto tão falado nas últimas semanas pelos responsáveis da Ryanair, o ministro das Infraestruturas garantiu, no parlamento, que a TAP “não açambarca slots que não usa” no aeroporto de Lisboa, rejeitando assim as acusações de outras companhias aéreas.
O ministro das Infraestruturas reiterou ainda que “a TAP só é viável integrada num grande grupo de aviação”.
Quanto aos prejuízos de 1.600 milhões de euros de apresentados pela companhia aérea em 2021, Pedro Nuno Santos lembrou que mais de 1.000 milhões resultam do encerramento da empresa de manutenção no Brasil, que “deu prejuízo consecutivo e cumulativo durante 16 anos”, classificando-a como “uma sangria” que “nem o público nem o privado tiveram coragem de fechar”.