O Governo da República Portuguesa decidiu esta quinta-feira, dia 8 de junho, avançar com a compra de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma, autorizando a abertura de um processo negocial com a construtora brasileira Embraer para a aquisição das aeronaves que vão substituir os aviões C-130 Hercules.
Segundo uma resolução aprovada em Conselho de Ministros, foi autorizado o início das negociações com a Embraer, Defesa e Segurança, S.A, para a aquisição de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma, e um simulador de voo (fullflight simulador CAT D) para a instalação e operação em território nacional”. Não foram indicados valores ou prazos.
As aeronaves irão substituir os aviões C-130 da Força Aérea Portuguesa e poderão ser usadas para o transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e ainda a valência de combate a incêndios.
A possibilidade de o KC-390 poder ser utilizado no combate direto a incêndios é uma vertente que interessa em particular ao Governo português, tendo em conta a possibilidade de a Força Aérea vir a participar nessas missões.
Em comunicado, o Governo Português justificou a opção destacando a “importância estratégica que a indústria aeronáutica pode desempenhar para o desenvolvimento económico nacional, enquanto indústria de elevado valor acrescentado com capacidade para estimular e valorizar o investimento em inovação” e “dinamizar a criação de redes de empresas de base tecnológica”.
Componente portuguesa no projeto do novo avião logístico e militar da Embraer
Portugal está envolvido no projeto do KC-390 através do CEIIA (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: a OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes).
Fonte do Ministério da Defesa adiantou à agência noticiosa portuguesa Lusa que as negociações com a Embraer serão dirigidas pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que constituirá uma equipa com representantes dos ministérios das Finanças, da Economia e da Ciência e Ensino Superior.
No prazo de três meses, o grupo de trabalho “acordará com a Embraer os termos e as condições técnicas e financeiras da aquisição das aeronaves, estabelecendo os montantes máximos de financiamento”, programação financeira e calendário, segundo o ministério da Defesa.
As negociações incluirão a “sustentação logística” das aeronaves, com as configurações técnicas e operacionais específicas definidas pela Força Aérea Portuguesa.