O homem de 25 anos tinha, afinal, passaporte brasileiro e não português. A polícia irlandesa que está a investigar a morte de um jovem de 25 anos a bordo de um voo de Lisboa para Dublin descobriu uma mulher que suspeita ser portuguesa e que, alegadamente, transportava 1,8 quilogramas de anfetaminas.
“Durante a investigação a este incidente, a Gardaí [polícia irlandesa] descobriu o que pensa ser 1,8 quilogramas de anfetaminas na bagagem de uma mulher com cerca de 40 anos que viajava no mesmo voo”, disse hoje um porta-voz da polícia à agência Lusa.
A mulher, que segundo os jornais “The Guardian” e “Irish Times”, é de nacionalidade portuguesa, foi detida às 23h de domingo no aeroporto, no âmbito da lei de tráfico de droga, e viajava sentada ao lado do jovem que morreu, tendo admitido que viajavam juntos. Terá 44 anos.
Apesar de as primeiras informações darem conta de que o jovem tinha nacionalidade portuguesa, as autoridades irlandesas revelaram ao “Jornal de Notícias” que o homem tinha passaporte brasileiro. Segundo o “Irish Times”, a polícia está a tentar entrar em contacto com os seus familiares através da embaixada brasileira em Dublin.
O porta-voz da polícia irlandesa confirmou que o voo em causa (EI485), entre Lisboa e Dublin, foi desviado para a cidade de Cork porque o jovem de 25 anos “se tornou agitado”, tendo sido assistido por um médico e uma enfermeira que também viajavam no avião, um Airbus A320 da companhia aérea Aer Lingus. Porém, o jovem acabou por ser declarado morto no aeroporto às 18h40 locais. O corpo do homem foi levado para o Hospital da Universidade de Cork onde será realizada uma autópsia esta tarde.
Um outro passageiro foi ferido na mão, tendo sido alegadamente mordido pelo jovem quando tentava auxiliá-lo. Foi assistido no Hospital da Universidade de Cork. Os restantes 168 passageiros a bordo do voo de Lisboa para Dublin foram interrogados durante cerca de três horas e seguiram depois de autocarro para a capital irlandesa.