O novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, viajou esta semana de Buenos Aires para Zurique (Suíça), via Paris, na companhia francesa Air France, tornando-se assim no primeiro Chefe de Estado do país a viajar para o estrangeiro, em missão de trabalho, utilizando voos comerciais, nos últimos dez anos. O presidente seguiu para Davos, uma famosa estância de neve suíça, onde decorre nesta semana o Fórum Mundial sobre Economia e Finanças, com a participação de inúmeras individualidades, responsáveis governamentais, académicos e líderes de importantes empresas mundiais.
A atitude do novo dignatário argentino, empossado no início do ano, está a ser muito comentada pela imprensa argentina, nomeadamente depois de Mauricio Macri ter reproduzido na sua conta de Facebook os dois talões de check-in, impressos com o seu nome, para as viagens de Buenos Aires para Paris e da capital francesa para Zurique.
Macri aproveitou a oportunidade para anunciar que a Presidência da República resolveu desfazer-se da sua frota de aviões de transporte de entidades, onde se conta um Boeing 757-200, conhecido por ‘Tango 1’, que para continuar ao serviço deveria passar nas próximas semanas por uma inspeção check D avaliada em mais de 20 milhões de dólares norte-americanos. Serão vendidos ainda mais dois aviões Fokker F-28-400 Fellowship, também utilizados para o transporte de entidades afetas à Presidência da República.
A imprensa argentina refere a propósito que em 1992, com a chegada do ‘Tango 1’, ainda no governo Carlos Menem, a Argentina passou a contar com o avião presidencial mais moderno de toda a América Latina. Com o agravamento da crise argentina nos últimos 16 anos, a opinião pública passou a questionar o uso de um avião presidencial. Ainda assim, em 2014, a então presidente Cristina Kirchner (nossa foto a sair do ‘Tango 1’) optou por adquirir um Boeing 737-500, com 21 anos de uso. A aeronave deverá ser reincorporada a frota da Aerolineas Argentinas. Por ora, apenas o ‘Tango 10’, um Learjet 60 deverá manter-se ao serviço do novo Presidente da República. Em nome do bom senso e para evitar despesas supérfluas…