As obras de construção do Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL) vão ser sujeitas a alterações de engenharia e de funcionalidade, anunciou nesta quinta-feira, dia 28 de fevereiro, em Luanda, o ministro dos Transportes.
Ricardo de Abreu disse que a medida resulta de informações constantes de um memorando sobre o estado de execução da obra, aprovado em Conselho de Ministros, sendo que as alterações visam adequar a estrutura aos padrões atuais de modernidade e de conforto dos passageiros.
“Estamos a falar de um projeto que se iniciou há dez anos, cuja concessão também é muito antiga”, afirmou o ministro, numa referência à obra em edificação na comuna do Bom Jesus, no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetros de Luanda.
Rodrigo Januário, diretor-geral da ‘Mace Group’, empresa a quem foi adjudicada a fiscalização do projeto, disse em Junho de 2018 que as obras de construção do Novo Aeroporto Internacional de Luanda ficariam concluídas em 2020 “caso não se venham a verificar constrangimentos de ordem financeira.”
O ministro dos Transportes, citado pela agência noticiosa ‘Angop’, assegurou agora que existe reserva financeira, por parte do Ministério das Finanças, para se avançar com as alterações propostas.
Em Outubro de 2017, no decurso de uma visita ao empreendimento pelo Presidente da República, João Lourenço, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, informou que o NAIL, em construção desde 2004 por empreiteiros chineses nos arredores da capital angolana, só deveria iniciar a operação em 2019, um atraso de dois anos face à previsão anterior.
A construção está a cargo da empresa ‘China International Fund Limited’ (CIF), contratada pelo governo angolano por 3.800 milhões de dólares, tendo os equipamentos sido encomendados à empresa ‘China National Aero-Technology International Engineering Corporation’ pela soma de 1.400 milhões de dólares.
O Novo Aeroporto Internacional de Luanda poderá acolher até 15 milhões de passageiros por ano, sendo dez milhões do tráfego internacional e cinco milhões do nacional.