O vice-presidente do Governo Regional da Madeira juntamente com a secretária regional do Turismo e Cultura, responsáveis da ANA Aeroportos de Portugal e do Turismo de Portugal, voltaram a sentar-se à mesa com representantes da companhia irlandesa de baixo custo Ryanair. A intenção, como já tem sido anunciado diversas vezes, é a obtenção de um acordo comercial que permita à companhia europeia de baixo custo entrar na rota da Madeira, com a abertura de novas rotas domésticas (Lisboa, Porto e Faro) e para cidades europeias onde se registem maior procura de transporte por parte de potenciais turistas para a Região Autónoma.
A última reunião teve lugar em Lisboa nesta terça-feira, dia 16 de julho, e surge na sequência de um processo de aproximação e negociação que se arrasta desde há mais de uma década, com contatos mais frequentes desde 2016. Uma aceleração que se tem sentido nos últimos meses, dada a boa cooperação entre entidades regionais e nacionais neste setor.
As pretensões da Região Autónoma da Madeira, que se tem empenhado na contratação de uma terceira companhia que possa estar na rota entre a Região e Lisboa, para fazer face ao ‘duopólio’ TAP-EasyJet, têm esbarrado sempre nas altas verbas solicitadas pela Ryanair a título de custos de promoção e, inclusive, de certificação dos seus pilotos para as especificidades técnicas do Aeroporto da Madeira. Até agora, incomportáveis com os recursos orçamentais disponíveis.
Segundo apurou o ‘Newsavia’ há agora uma nova abertura dos responsáveis da companhia irlandesa para um pacote de três anos, com ligações da Madeira para três aeroportos portugueses e voos diretos para meia dúzia de cidades europeias de grande interesse para o turismo regional e a criação de uma base operacional no Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo. A verba está em negociação, mas representa um grande esforço financeiro, no qual estão envolvidos o Governo Regional e a Associação de Promoção da Madeira, a ANA e o Turismo de Portugal, entidades que gerem o fundo de captação de rotas aéreas e operações turísticas, mecanismo de promoção de ligações aéreas para Portugal de iniciativa governamental, anunciado na Bolsa de Turismo de Lisboa 2016, em vigor desde esse ano.
Mas, se é verdade, que agora as negociações seguem com mais interesse por parte da companhia irlandesa, o certo é que a Ryanair anunciou nesta terça-feira, dia 16 de julho, que irá reduzir bases a partir do próximo ano, face ao impasse verificado na entrega dos 200 aviões Boeing 737 MAX encomendados à fábrica norte-americana. Esperemos que tudo se resolva a contento e que a Madeira possa contar em breve com a base operacional da Ryanair e a com uma nova operadora aérea nas rotas para a ilha.