Centenas de tripulantes de cabine da Cathay Pacific organizaram um sit-in de protesto na zona de partidas do Terminal 1 do Aeroporto de Hong Kong que deverá manter-se até quinta-feira, se as suas reivindicações de salários e regalias não forem satisfeitas pela companhia aérea, adianta a edição online do jornal “South China Morning Post”. Os trabalhadores admitem avançar com outras formas de luta, nomeadamente, uma greve de zelo ou mesmo uma greve total. A União dos Assistentes de Bordo da Cathay Pacific Airways, que lançou esta maratona de protesto iniciada, ontem, às 17h00 (hora local) e prevista para terminar, amanhã, às 10h00, na sequência de uma votação favorável de 1300 dos seus 6300 membros, reunidos em assembleia geral extraordinária.
As reivindicações dos assistentes de cabine da Cathay Pacific resumem-se a três exigências: uma harmonização do pagamento de 176,80 dólares de Hong Kong (20,46 euros) por hora de voo para todos os tripulantes de cabine; o aumento do subsídio de refeição em Melbourne, para 372 HK$ (€43,05) em vez dos actuais 217 HK$ (€25,11); e a reposição da cláusula de protecção legal de cobertura de todos os custos resultantes de um incidente ao serviço da companhia.
Pouco depois do início do sit-in, um executivo sénior da Cathay Pacific afirmou que a companhia revê os pagamentos com regularidade. “O aumento da hora de voo, de 159.30 (€18,42) para 176.80 HK$ representaria um aumento de 10% e eles (os assistentes de bordo) já tiveram um aumento de 10% no salário para fazerem as mesmas tarefas”, argumentou Maggie Yeung, directora-geral dos tripulantes de cabine. A mesma responsável assegurou que a Cathay revê os subsídios todos os seis meses, tomando em consideração as alterações dos preços dos menus dos hotéis onde são alojados os tripulantes. Relativamente à retirada da cláusula de protecção, Maggie Yeung justificou que a mesma não era suficientemente clara e que a companhia só pretendia melhorá-la.