A Qantas anunciou na semana passada, o despedimento de dois mil funcionários de terra e disse que vai subcontratar pessoal após o primeiro trimestre de 2021 para reduzir custos devido à crise desencadeada pela covid-19.
A decisão da companhia aérea australiana visa poupar cerca de 100 milhões de dólares australianos (62 milhões de euros) anualmente, de acordo com um comunicado da companhia aérea.
“Embora tenhamos tido algumas boas notícias relativamente aos voos domésticos, não se espera que os voos internacionais regressem aos níveis pré-covid até pelo menos 2024”, disse o administrador executivo de Qantas para os voos domésticos e internacionais, Andrew David.
O anúncio da externalização dos serviços terrestres vem juntar-se ao corte de cerca de 8.500 postos de trabalho dos 29 mil existentes antes da pandemia.
A Austrália fechou as fronteiras internacionais em março, na sequência da pandemia, embora a companhia aérea tenha continuado a operar 20% das rotas domésticas e a efetuar voos de repatriamento.
O diretor-executivo da Qantas, Alan Joyce, disse na semana passada que estão a rever os regulamentos existentes para se exigir um certificado de vacinação covid-19 como condição para viajar nos aviões vindos do estrangeiro.
A companhia aérea anunciou recentemente que perdeu quatro mil milhões de dólares australianos (2,4 mil milhões de euros) em receitas só no primeiro semestre de 2020.
A Qantas também recebeu uma série de injeções financeiras e apoio do Governo, que procura manter a indústria viável e a operar voos-chave.