Um avião da Qatar Airways voará no sábado, dia 1 de julho, entre Londres/Heathrow e Lisboa, fazendo um dos voos da British Airways programados para este dia em direção à capital portuguesa. Outros aparelhos da companhia do Catar voarão para outros aeroportos europeus nas próximas duas semanas ao serviço da companhia aérea britânica.
A razão é a greve de tripulantes de cabina da British Airways, marcada para decorrer entre os dias 1 e 16 de julho, e decretada pelas estruturas sindicais do sector. Apenas vigorará para os funcionários abrangidos pela denominada ‘tripulação mista’, que foram admitidos depois do ano 2000 e que são obrigados, por questões contratuais diferenciadas dos restantes colegas da companhia, a voar em dois segmentos de voos da British: os regulares de médio curso e os regulares de longo curso.
Desde o anúncio desta nova greve, que engloba cerca de 30 por cento dos efetivos da empresa, que a companhia britânica tinha dito que iria procurar maneira de nenhum dos seus clientes ficar em terra devido à greve. Há cerca de duas semanas soube-se que a British solicitara licença à Autoridade Nacional de Aviação do Reino Unido (CAA – Civil Aviation Authority) licença para alugar em regime de wet-lease (avião e tripulação) nove aviões à Qatar Airways. Uma forma que a companhia encontrou para ter aviões e serviço disponíveis para os voos no médio curso, nomeadamente para acudir à sua rede europeia.
Para a Qatar Airways, diga-se, uma excelente oportunidade para recolocar os aviões da frota A320 em uso, já que desde o passado dia 5 de junho, a companhia está impedida de voar para diversos países árabes, nomeadamente no Médio Oriente, para cujos aeroportos voava com os A320. Por outro lado há laços entre as duas empresas que justificam a opção: são ambas membros da aliança comercial estratégica ‘OneWorld’ e a Qatar Airways é dona de 20 por cento do capital da IAG (International Airlines Group) que detém a British Airways.
Colocou-se em dúvida se a CAA autorizaria a substituição de aviões e tripulantes, tendo em conta a especificidade e melindre da razão que a justifica (questões laborais), mas o certo é que na quinta-feira, dia 29 de junho, o presidente executivo da British, Willie Walsh, falando em Bruxelas, confirmou que os aviões da companhia árabe iriam voar a partir do dia 1 de julho, nas rotas europeias. A verdade, para já, é que na manhã desta sexta-feira, dia 30 de junho, véspera do início da greve, já estão a caminho de Londres quatro aviões A320 da Qatar Airways. Desconhece-se para já se a operação está autorizada e quantos aviões serão deslocados para o Reino Unido.
Para o primeiro dia de greve sabe-se também que esses aviões voarão de Londres/Heathrow para Dublin, Hamburgo, Hanover, Lisboa, Paris/Orly, Praga e Viena.
- Notícia em desenvolvimento – 11h00 UTC