O tráfego de passageiros nos aeroportos portugueses geridos pela Vinci Airports diminuiu 69,6% no ano passado face a 2019, registando Portugal a quarta maior quebra entre os 12 países onde a concessionária aeroportuária opera, informou a empresa nesta terça-feira, dia 19 de janeiro.
Globalmente, na rede de 45 aeroportos geridos pela Vinci Airports no Brasil, Camboja, Chile, Costa Rica, República Dominicana, França, Japão, Portugal, Sérvia, Suécia, Reino Unido e EUA, o tráfego de passageiros diminuiu 70% em 2020, com um total de 76,6 milhões de passageiros recebidos, contra 255 milhões em 2019, “devido à crise sanitária mundial”.
“Esta situação é o resultado da imposição de fortes restrições de viagem postas em prática em todo o mundo para combater a propagação da covid-19. Os aeroportos da rede com sede na Europa e na Ásia, onde as medidas restritivas foram as mais severas, relataram quedas mais acentuadas no tráfego (cerca de 72%) do que nos aeroportos das Américas (cerca de 61%)”, refere a empresa em comunicado.
Em Portugal, onde a ANA Aeroportos, empresa do Grupo Vinci, tem a concessão de 10 aeroportos, foram movimentados perto de 18 milhões de passageiros em 2020, sendo que, “depois de um pico durante o Verão, houve uma penalização no quarto trimestre causada pelas novas restrições impostas em França, Reino Unido e Alemanha, em particular”.
A maior quebra foi registada no aeroporto de Faro, onde o tráfego de passageiros recuou 75,5%, seguido do aeroporto de Lisboa, com -70,3%, dos Açores (-69,6%), do Porto (-66,2%) e da Madeira (-63,6%).
Apesar da pandemia, refere a Vinci, “a EasyJet anunciou a abertura de uma base operacional em Faro no Verão de 2021, um sinal da sua confiança no potencial do país”.
Entre os 12 países onde a Vinci gere aeroportos, a maior quebra de passageiros face a 2019 registou-se no Camboja (-81,3%), seguindo-se o Reino Unido com -77,5%, a Suécia com -75%, Portugal (-69,6%), o Japão (-69,4%), a Sérvia (-69,1%), França (-68,2%), Chile (-65,5%), EUA (-61%), Costa Rica (-60,8%), República Dominicana (-56,1%) e Brasil (-49,9%).
De acordo com a Vinci, “o tráfego de passageiros registou um rápido aumento em países como a República Dominicana, que levantaram restrições, refletindo uma ainda forte procura de mobilidade”, enquanto os aeroportos de Salvador (Brasil), Sanford Orlando (EUA), Itami e Kobe (Japão) “também beneficiaram de alguma recuperação em viagens domésticas com início no verão de 2020”.
Já na Europa, diz, “o aumento gradual do tráfego foi encurtado pelas novas restrições postas em prática no outono”.