Um avião ambulância Cessna 441 Conquest, com matrícula da Namíbia (V5-NRS), embateu nas montanhas de Tygerberg, nos arredores da Cidade do Cabo, no sul da África do Sul, tendo-se incendiado em seguida. A aeronave ficou reduzida a destroços e morreram todos os seus cinco ocupantes: dois pilotos, um enfermeiro, um doente, com 80 anos de idade, e a filha de 49 anos, que o acompanhava.
Segundo relata a imprensa sul-africana o avião procedia do Aeroporto de Oranjemund, na capital da Namíbia, e dirigia-se ao Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo, quando a cerca de dez minutos de pousar, e na fase de aproximação, perdeu o contacto com a torre de controlo aéreo.
O Cessna deveria aterrar pelas 19h00 locais de domingo, dia 16 de agosto, tendo desaparecido dos radares de controlo pelas 18h51 locais.
Um porta-voz da companhia proprietária do aparelho, a ‘E-Med Rescue 24’, com sede e base principal na República da África da Sul, disse que o acidente foi muito estranho, pois as condições de tempo, embora com chuva e algum vento, não faziam prever aquele desfecho, nem tão pouco estariam de feição a influenciar negativamente o pouso da aeronave. De resto o comandante era um piloto muito experiente e conhecedor do percurso.
A Autoridade Nacional da Aviação Civil da África do Sul (South African Civil Aviation Authority) anunciou nesta segunda-feira, 17 de agosto, que foi ordenado um rigoroso inquérito ao acidente, tendo em conta alguma especulação que surgiu na imprensa sul-africana de que o sistema de radar do Aeroporto da Cidade do Cabo estaria com uma avaria que tinha provocado no domingo diversos atrasos nomeadamente nas chegadas de aviões.
Um porta-voz do aeroporto já informou que se trata de problemas distintos e esclareceu que essa avaria era no sistema informático e afectava apenas a gestão dos ‘slots’ dos aviões comerciais.