Receitas da TAP superam as previstas no Plano de Reestruturação entregue em Bruxelas

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O ministro das Infraestruturas e Habitação de Portugal afirmou nesta terça-feira, dia 16 de novembro, que as receitas do Grupo TAP superam atualmente o previsto no plano de reestruturação e que o facto de ainda não haver aprovação de Bruxelas não põe em perigo a implementação da estratégia da companhia.

“O facto de o plano de reestruturação não ter sido ainda aprovado não faz perigar a estratégia, nem a implementação do plano de reestruturação que nós estamos a implementar ao mesmo tempo que o estamos ainda a negociar com Bruxelas [Comissão Europeia], mas ele está a ser implementado”, disse aos jornalistas Pedro Nuno Santos, à margem da assinatura de acordos de colaboração entre municípios no norte do País.

O ministro realçou que “a verdade é que a TAP hoje tem já um nível de receitas que supera aquilo que estava previsto no plano de reestruturação”.

Questinado sobre o aumento do absentismo dos tripulantes de cabina da TAP, referido pela administração – uma notícia divulgada esta semana por jornais portugueses –, Pedro Nuno Santos afirmou que a TAP “é uma empresa que vai tendo problemas ou dificuldades circunstanciais que vão sendo superadas pela sua gestão” e que têm de ser encaradas com “naturalidade”.

Segundo uma mensagem da administração da TAP, no fim de semana, o absentismo dos tripulantes de cabina sofreu um “aumento expressivo, e acima da média”, com baixas de curta duração e ausências, “comunicadas em períodos inferiores a 24 horas”, que afectam a operação da companhia aérea.

“O que acontece é que nós hoje também acompanhamos a vida da TAP – e bem – ao minuto e, por isso, esmiuçamos tudo o que acontece na vida da empresa e, por isso, temos de dar algum caráter de normalidade a uma empresa que está a fazer o seu caminho, mas sobre um momento muito difícil e está a recuperar”, defendeu o governante.

O ministro das Infraestruturas reiterou que o facto de a TAP estar a recuperar dos efeitos da pandemia de covid-19 é “muito importante para o país”.

“Eu quero só lembrar – porque nós precisamos de fazer uma discussão séria sobre o tema – se a empresa não fosse nacionalizada, ela falia. Era disto que estávamos a falar, não era nacionalizar ou ser privatizada, era o Estado intervencionar a empresa, ou ela fechar e falir e isso tinha um impacto muito negativo no país, na recuperação económica do país, na recuperação turística do país e, portanto, na vida dos portugueses”, sublinhou Pedro Nuno Santos.

Em 2020, a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.

Em 12 de março, o Governo apresentou à Comissão Europeia uma notificação para a concessão de um auxílio intercalar à TAP de até 463 milhões de euros que “permitirá à companhia aérea garantir liquidez até à aprovação do plano de reestruturação”.

No âmbito do apoio estatal para fazer face às consequências da pandemia, está a ser implementado um plano de reestruturação, que já levou à redução do número de trabalhadores, que ainda aguarda aprovação da Comissão Europeia.

 

  • Com informações divulgadas pela agência de notícias ‘Lusa’

 

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