A TAAG – Linhas Aéreas de Angola anunciou nesta terça-feira, dia 13 de setembro, que nos primeiros oito meses deste ano obteve 67 milhões de dólares (67 milhões de euros) de receitas no segmento de carga, resultado acima das expectativas para 2022, graças também à China.
“Entre janeiro e agosto de 2022 a receita total do segmento de carga da TAAG foi cerca de 67 milhões de dólares norte-americanos, um resultado excecional que ultrapassa o objetivo de 55,5 milhões de dólares estipulado para este ano, um desempenho 20% acima face ao orçamentado quando ainda faltam quatro meses para o fecho do ano”, lê-se numa nota de imprensa distribuída pela companhia em Luanda.
Os proveitos arrecadados pelo segmento de carga da TAAG têm evoluído favoravelmente nos últimos anos, como demonstram os últimos relatórios e contas (33 milhões de dólares em 2021, um crescimento de 14% face a 2020, ano em que a empresa obteve 29 milhões de dólares, recorda o comunicado. A TAAG atribui os bons resultados aos contratos assinados recentemente para transporte de cargas entre a República Popular da China e a América Latina, nomeadamente o Brasil, com escala em Luanda (LINK notícia relacionada).
“Este desempenho positivo resulta do trabalho de equipa”, mas também “de contratos celebrados pela TAAG para voos charter [exclusivamente de carga] entre a China e a América Latina [Brasil] via Angola”, afirma a empresa.
“Atualmente, a TAAG tem diversas ligações ativas de Luanda para cidades chinesas (Changsha, Hong Kong, Guangzhou, Xangai Hongqiao ou Pequim) para carregamento das aeronaves. Tipicamente, a carga transportada corresponde a matérias-primas, produtos agrícolas, material de eletrónica e bens diversos”, acrescenta.
As operações de carga e correio da TAAG são asseguradas por três aeronaves, sendo dois Boeing 777 para ligações intercontinentais de longo curso, e um Boeing 737 para as rotas regionais, informa a companhia aérea.
“O transporte de carga e correio é cada vez mais estratégico para a TAAG com um contributo crescente para a sustentabilidade da companhia. Vejo igualmente grandes benefícios e sinergias positivas para o negócio de carga com a construção do futuro Aeroporto Internacional de Luanda”, afirma Eduardo Fairen, presidente executivo da TAAG, citado no comunicado.
Paralelamente, “ao esforço para aumentar os seus proveitos”, a TAAG “está igualmente empenhada na redução de custos”, refere a nota.
E o objetivo é conseguir uma redução “na ordem dos 10 milhões de dólares até agosto de 2023, sendo que, este ano, entre os meses de julho e agosto a direção de Aprovisionamento e Serviços da TAAG conseguiu uma poupança de 1,4 milhões de dólares através da renegociação de contratos e compras, mantendo todos os serviços funcionais”, sublinha a nota.