A Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA E.P.) de Angola arrecadou, durante o exercício económico de 2022, perto de sete mil milhões de kwanzas (cerca de 7,8 milhões de euros/8,5 milhões de dólares), o que representa um aumento de cerca de 69 por cento, comparativamente ao período homólogo (2021).
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da ENNA, Manuel Agostinho Júnior, a receita alcançada, através do pagamento das taxas sobre voos e outros serviços, resulta do registo de cerca de 49 mil movimentos aéreos, no período em análise (2022).
Em declarações à imprensa, à margem do ato da celebração do quarto aniversário da empresa, assinalado a 1 de julho, o gestor considerou positivo o resultado alcançado até ao momento, apesar de estar abaixo do desejado.
Referiu que, desde 2019 até o primeiro trimestre de 2023, a ENNA-E.P. registou um total de 154.932 movimentos aéreos, um resultado que foi, significativamente, afetado pela pandemia da covid-19.
Na ocasião, Manuel Agostinho Júnior avançou que o principal desafio da empresa passa, essencialmente, pela formação de quadros, visando a responder aos desafios que o mercado impõe.
De acordo com o gestor, a empresa conta com 540 trabalhadores, dos quais 115 são controladores aéreos, um número que precisa ser aumentado para o dobro.
Quanto à reestruturação da empresa, o PCA referiu que, atualmente, está em elaboração o programa de modernização e redimensionamento da ENNA, com vista a conclusão do projeto do sistema de navegação aérea.
Por seu turno, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, afirmou que o país tem todas as possibilidades de ser uma das referências do continente africano, em particular, e do mundo, em geral, tendo em conta o investimento que está a ser feito na construção de infra-estruturas à dimensão do mercado mundial.
Por isso, apelou o engajamento de todos profissionais para o alcance dos objetivos traçados.
Tutelada pelo Ministério dos Transportes, a ENNA-E.P. tem como objetivo a prestação de um serviço público de navegação aérea assente no controlo do tráfego aéreo, na informação aeronáutica, exploração e gestão dos sistemas e equipamentos de comunicação, navegação e vigilância.
Constam também dos propósitos dessa empresa, a garantia da segurança e eficiência à gestão dos serviços de navegação aérea do espaço sob jurisdição de Angola.
Criada a 1 de Julho de 2019, através do Decreto Presidencial 206/2019, a ENNA-E.P. resulta da cisão da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA-E.P.).
A respetiva separação originou também o surgimento da Sociedade Nacional de Gestão de Aeroportos (SGA).
O processo de cisão está em harmonia com as recomendações de organismos reguladores internacionais, que aconselharam o país a separar a gestão dos aeroportos da do espaço aéreo.
- Texto distribuído pela agência de notícias angolana ‘Angop’
- Foto de abertura © Tony Mangueira Fernandes