A TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde vai encerrar nesta quarta-feira, dia 28 de fevereiro, as escalas que tem em todas as ilhas, à exceção da Santiago e do Sal. A decisão surge na sequência da criação do novo hub aéreo no Aeroporto Amílcar Cabral, na ilha do Sal.
A medida foi justificada pelo Conselho da Administração da companhia aérea pela descontinuidade das operações no mercado doméstico e a preparação da empresa para o novo modelo organizacional.
Mário Chaves, administrador delegado da TACV, abordado pela Televisão de Cabo Verde, não avançou o número de funcionários a serem deslocados e nem a proveniência. Contudo, observou que o principal desafio na implementação do hub é mudança de filosofia no novo negócio aéreo que tem o aeroporto internacional Amílcar Cabral, no Sal, como plataforma de distribuição de passageiros.
Entretanto, há reações menos positivas por partes dos partidos da oposição e das estruturas sindicais. O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido na oposição, considerou que o anúncio do encerramento da delegação da TACV em São Vicente significa a “machadada final” no processo de desenvolvimento da ilha e pediu ao Governo para “repensar” a decisão.
António Monteiro falava no Mindelo em conferência de imprensa para marcar a posição da UCID relativamente ao anúncio do encerramento da Direção Norte da TACV, sediada em São Vicente, e que engloba ainda a delegação de Santo Antão.
A administração da TACV comunicou recentemente aos seus colaboradores, via email, que as delegações de São Vicente e Santo Antão, da Direção Regional Norte, deixarão de funcionar depois do dia 28 do corrente mês, na sequência do processo de reestruturação da companhia aérea.