A Riyadh Air, a nova companhia aérea de serviço global da Arábia Saudita, está prestes a anunciar uma encomenda significativa de até 100 jatos Boeing 737 MAX na próxima semana, durante o Dubai Air Show, o que, a concretizar-se, será um avanço estratégico para a Boeing.
A Airbus perderá uma segunda oportunidade de ganhar uma encomenda de um dos clientes mais importantes da aviação comercial nas próximas décadas.
Tudo indica que a Riyadh Air, companhia aérea recentemente lançada pela Arábia Saudita, encontra-se em negociações avançadas para adquirir até 100 jatos Boeing 737 Max. Esta notícia avançada pela ‘Bloomberg’, se confirmada, representará um passo significativo para a empresa na construção de sua frota a partir do zero. A negociação, ainda em discussão confidencial, pode ser oficializada no Dubai Air Show que começa na segunda-feira, dia 13 de novembro, nos Emirados Árabes Unidos, segundo fontes próximas.
A nova companhia árabe, uma iniciativa do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), considera um pedido imediato de 50 jatos, complementado por uma opção de mais 50, refletindo as aspirações do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman de diversificar a economia saudita além do petróleo. Estes planos incluem transformar Riade em um centro de negócios influente e desafiar as companhias aéreas regionais estabelecidas no transporte global de passageiros.
Relembramos que este possível acordo surge após a Boeing já ter fechado um acordo para até 72 aeronaves de corredor duplo 787 com a Riyadh em março passado, o que revela a preferência da companhia pela fabricante americana. Especula-se que esta nova vitória para a Boeing foi parcialmente influenciada pela incapacidade da Airbus oferecer prazos de entrega imediatos para a sua família A320, atualmente com produção reservada até ao final da década.
Representantes da Boeing e da Riyadh Air optaram por não comentar as negociações em curso. O Dubai Air Show, evento bianual que se inicia na segunda-feira, promete ser palco de anúncios de encomendas significativas por diversas companhias aéreas, incluindo a Emirates.