A abertura de uma nova rota entre a China e Portugal, em junho do próximo ano, introduz no turismo português uma maior competitividade e apresenta um desafio muito interessante a todos os parceiros do sector, pois irão lidar com um novo mercado, em que se perspectivam grandes potencialidades de crescimento, disse a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, na sessão de abertura do 42º Congresso Nacional das Agências de Viagens Portuguesas, que decorre desde esta quinta-feira, dia 8 de dezembro, na cidade de Aveiro.
A governante destacou na sua intervenção o aumento da capacidade aérea em Portugal, nomeadamente nos aeroportos principais do continente e das regiões autónomas portuguesas, um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos, com o empenho, não só do governo, através do instituto Turismo de Portugal, responsável pela promoção turística nacional, mas também com a interessada participação da ANA Aeroportos de Portugal, empresa gestora da infraestrutura aeroportuária.
As ligações aéreas diretas entre a China e Portugal serão inauguradas em junho próximo com um voo da Beijing Capital Airlines, uma das companhias do poderoso grupo económico HNA. Esta companhia deverá voar em code-share com a TAP Portugal. Responsáveis pela gestão da companhia de bandeira portuguesa admitiram recentemente que a TAP terá em breve voos entre Lisboa e a China. Sabe-se que os voos não serão feitos com equipamento próprio, dadas as limitações da frota nacional portuguesa, pelo que é mais que provável que essas ligações serão asseguradas através de um acordo de código partilhado com a Beijing Capital Airlines.
Também o embaixador da China em Lisboa, Cai Run, considerou, nesta semana, que esta nova rota, que deverá ter três voos semanais, permitirá um novo impulso às relações e à cooperação bilateral entre os dois países, considerou.
A opinião foi manifestada pelo diplomata durante um encontro com membros de uma delegação de Macau, aos quais Vai Tec afirmou que o investimento das empresas chinesas em Portugal tem aumentado continuamente e realçou o facto deste país ter assumido e continuar a assumir uma atitude mais aberta relativamente ao investimento direto estrangeiro chinês comparativamente a outros países europeus.
“As empresas chinesas estão atualmente presentes nos sectores de energia, saúde, seguros e serviços bancários em Portugal”, disse o embaixador Cai Run.
No congresso da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo) há uma destacada representação chinesa, não só oriunda da Região Administrativa Especial de Macau, que se candidata à organização da próxima reunião magna dos agentes de viagens portuguesas, mas também de empresas aéreas chinesas. Da que viajará já em junho para Lisboa, provavelmente com três voos por semana, em aviões Airbus A330, como também de outras que pretendem trabalhar de e para Portugal, através de acordos com outras companhias ‘feeder’ entre os seus hubs europeus e Lisboa.