A companhia irlandesa de baixo Ryanair anunciou que aumentou de 49 para 103 milhões de euros o seu lucro líquido, impulsionado por um crescimento de 25% do número de passageiros transportados, para um total de 20 milhões, no terceiro trimestre fiscal que decorreu entre Outubro e Dezembro do ano passado.
Este resultado ficou aquém das estimativas dos analistas financeiros que apontavam para 118,2 milhões de euros. Ainda assim, a companhia dirigida por Michael O’Leary acredita que o tráfego deverá aumentar 25% no último trimestre do seu exercício fiscal – que decorre de Janeiro a Março de 2016 – , mais quatro pontos percentuais do que o esperado, colocando o lucro anual no intervalo entre 1,17 e 1,22 mil milhões de euros.
Face a esta situação favorável, a Ryanair anunciou um programa de recompra de acções num cenário de “crescente rentabilidade e de melhoria do cash flow“, que irá começar a 5 de Fevereiro e durará nove meses, explicou a empresa num comunicado citado pela agência de notícias financeiras ‘Bloomberg’. Na conclusão do processo, a companhia irlandesa culmina um processo que já permitiu entregar quatro mil milhões de euros aos investidores nos últimos oito anos.
A Ryanair tirou partido de uma quebra dos preços do combustível jet-fuel em 40% nos últimos 12 meses e conseguiu reduzir em 10 o número de aviões que ficaram em terra durante este Inverno. Ainda assim, as tarifas desceram depois dos atentados terroristas de Paris, tendo essa quebra atingido o 1% entre Outubro e Dezembro do ano passado. Para o corrente trimestre, a companhia estima que essa descida acelere para 6%.
“Notámos um ligeiro abrandamento (no tráfego) depois desses acontecimentos. E quando há abrandamento no mercado, estimulamo-lo com promoções e descontos”, explicou à ‘Bloomberg’ o director financeiro da Ryanair, Neil Sorahan.
O primeiro trimestre deste ano – último do exercício fiscal da Ryanair – será ainda marcado pela quebra da libra e por um novo imposto em Itália, alertou a empresa.