A Ryanair anunciou nesta segunda-feira, dia 29 de novembro, a sua maior programação de Verão para Portugal, com 17 novas rotas (170 no total) a partir de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e, a sua mais recente base, Madeira, para o Verão 2022.
“A Ryanair lidera a recuperação pós-Covid em Portugal, uma vez que acelera o crescimento do tráfego e do emprego nos próximos cinco anos”, refere um comunicado da companhia, distribuído no mesmo dia que Michael O’Leary deu uma conferência de imprensa em Lisboa, onde apresentou a nova programação do grupo de aviação comercial europeu para os cinco aeroportos portugueses onde atua.
Tendo acrescentado 560 novas rotas e inaugurado 15 novas bases este ano, a Ryanair tem vindo a crescer e, no Verão de 2022, irá contar com 65 novos aviões B737-8200 ‘Gamechanger’ (MAX 8)
“Enquanto a Ryanair continua a crescer e a investir em Portugal, a TAP absorveu mais de três mil milhões de euros em auxílios estatais”, destaca o comunicado da concorrente irlandesa.
A Ryanair volta a contestar o que denomina por “bloqueio de slots” no Aeroporto de Lisboa por parte da TAP, o que “impede os concorrentes de obterem slots para o crescimento de novas rotas e, no caso da Ryanair, “resultou numa perda de 700 voos e 130.000 passageiros, durante o Inverno, no aeroporto da Portela, em Lisboa”. “A Ryanair apela ao Governo Português e ao coordenador dos slots em Lisboa que impeçam a TAP de acumular e libertar, tardiamente, slots dos quais não pode ou não quer utilizar”, lê-se no comunicado de imprensa.
Michael O’Leary, citado no comunicado, dá a sua visão sobre a expansão da Ryanair nos aeroportos portugueses e volta a bater na TAP, que tem sido um dos seus temas favoritos nas suas mais recentes abordagens quando se refere a Portugal, assumindo ainda a defesa da transformação da Base Aérea do Montijo em Aeroporto Complementar de Lisboa, como é desejo da ANA – Aeroportos de Portugal:
“Numa altura em que a TAP continua a reduzir a sua frota, a reduzir postos de trabalho e a encerrar rotas enquanto desperdiça milhares de milhões de euros em auxílios estatais, a Ryanair está a reconstruir o turismo e a criar empregos locais bem remunerados em Portugal. Apelamos ao Governo português para que ponha um ponto final à acumulação de slots que a TAP não pode utilizar em Lisboa, que abra o aeroporto do Montijo, que elimine o imposto de aviação inoportuno (um imposto direto sobre o turismo) e ainda que introduza um esquema não discriminatório de recuperação de tráfego, para que a Ryanair possa crescer ainda mais no país. Estas ações seriam uma melhor utilização dos fundos do Governo, em vez de desperdiçar 3,2 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes em prejuízos causados pela TAP”.