A companhia irlandesa de baixo custo Ryanair informou esta semana que no mês de agosto, que foi, neste ano, o ‘pico’ do transporte aéreo de passageiros na Europa, atingiu o total de sete milhões de passageiros, quando devido à pandemia de covid-19 nos meses de abril, maio e junho nem chegara a um milhão por mês.
A informação mostra que em agosto, embora tivesse mais 2,6 milhões de passageiros que em julho, ainda não chegou a metade do mês homólogo de 2019, relativamente ao qual apresentou um decréscimo em 53% ou 7,9 milhões de passageiros.
A informação da companhia permite ver que embora a pandemia seja um quadro que se instalou desde pelo menos o passado mês de março, a Ryanair não adaptou suficientemente a sua capacidade, do que resultou uma forte quebra na percentagem de lugares vendidos.
Enquanto há um ano, a Ryanair indicou que vendeu 97% dos lugares que teve no mercado, para este agosto indica que ficou em 73%, apesar de, como indica, ter operado apenas “aproximadamente 60%” do que seria a sua operação “normal”, o que permite compreender porque lançou uma promoção agressiva para voos este mês e em outubro, com um milhão de lugares desde cinco euros.
Os dados da Ryanair mostram adicionalmente que a Ryanair está com uma quebra de passageiros de janeiro a agosto em 61% ou 62,4 milhões, que se deve principalmente à perda de 40,3 milhões no segundo trimestre, a que se soma a perda de 18,3 milhões nos primeiros dois meses deste trimestre.
A informação da Ryanair indica ainda que em média anual, ou seja, comparando os 12 meses de setembro de 2019 a agosto deste ano, inclusive, com o período homólogo anterior, tem uma quebra de passageiros em 40% ou 60,3 milhões, de 149,2 milhões para 88,9 milhões.