A low cost Ryanair, que voa para três aeroportos portugueses (Lisboa, Porto e Faro) anunciou hoje que prevê ter os seus voos à venda em um ou mais GDS a partir de meados deste ano, sem contudo referir que chegará às agências de viagens que antes tratava como ‘parasitas’, explicitando na apresentação que é para Maio, refere esta manhã o portal de informação turística PressTUR.
“Estamos em negociações activas com diferentes GDS e esperamos, dependendo da conclusão bem sucedida dessas discussões e das questões de integração tecnológica, que as baixas tarifas e a vasta rede da Ryanair apareçam em um ou mais canais GDS por meados do ano”, diz a low cost na informação ao mercado sobre os resultados no trimestre Outubro a Dezembro de 2013, terceiro do seu exercício 2013/2014.
Em outro documento que acompanha a apresentação dos resultados, em que a Ryanair revela que teve um prejuízo de 35,2 milhões de euros, a low cost publica um calendário de iniciativas a desenvolver no âmbito da sua renovação, no qual se vê que a entrada dos GDS está prevista para Maio.
No comunicado sobre as contas do trimestre, a low cost explicita que é seu objectivo chegar ao mercado das viagens de empresas, que está principalmente com as agências de viagens, e que além da colocação do seu inventário nos GDS também focará o desenvolvimento da sua rede em aeroportos principais, que antes também descartava por considerá-los caros.
Esta Primavera, a low cost vai abrir bases nos principais aeroportos da Bélgica (Bruxelas – Zaventem, a 28 de Fevereiro, Atenas e Lisboa, a 1 de Abril), anuncia o seu CEO, Michael O’Leary, numa declaração publicada na informação sobre os resultados trimestrais, na qual se refere ainda a encomenda de 150 Boeing 737-800 NG.
Esses aviões vão começar a entrar na frota da Ryanair em Setembro deste ano, diz O’Leary, que avança que é com base nessa chegada de novos aviões que a Ryanair prevê aumentar em 30 milhões de passageiros o seu tráfego anual nos próximos cinco anos.
“Parte substancial” desse aumento será em aeroportos principais onde as companhias líderes têm preços altos e estão financeiramente debilitadas e em reestruturação, diz O’Leary, acrescentando que a outra parte será em aeroportos secundários “impulsionada por incentivos atractivos ao crescimento low cost”.