A companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair informou nesta segunda-feira, dia 16 de outubro, que 97% dos seus clientes afetados pelas alterações em 18 mil voos, de um total de 800 mil voos, entre novembro e março, contam com reembolsos ou remarcações.
Sobre as alterações ao horário de inverno, a empresa precisou que todos os 400 mil clientes foram notificados e mais de 384 mil remarcações ou reembolsos foram processados, esperando-se ainda o contacto de 16 mil clientes.
Acerca dos cancelamentos de setembro/outubro, anunciados em 18 de setembro, “todos os 315 mil clientes foram notificados da alteração do seu voo por email” e 99,4% do total tiveram reembolsos ou remarcações de viagens.
Os restantes dois mil clientes (0,6%) ainda não entraram em contacto com a Ryanair.
A companhia notou ainda, que tal como outras empresas, foi afetada por “mais uma greve injustificada da ATC (controladores aéreos de França) na passada terça-feira”.
“Contudo, durante os últimos sete dias, a pontualidade da Ryanair manteve-se em valores extremamente elevados, de 95% (ou 98% se excluirmos o dia 10 de outubro)”, lê-se no comunicado divulgado nesta segunda-feira.
A companhia líder na Europa no setor do transporte aéreo de baixo custo anunciou em 27 de setembro uma “redução” do “calendário de inverno”, quando deixar de operar 25 dos mais de 400 aviões que compõem a frota, que atingirá 18.000 voos e 400.000 passageiros.
A Ryanair já tinha comunicado em 15 de setembro a suspensão de 2.100 viagens durante seis semanas, devido ao referido erro na distribuição das férias dos pilotos.
A empresa tem insistido que esta situação não foi provocada pela falta de pilotos, mas pelas falhas cometidas na elaboração dos mapas de trabalho dos pilotos.
Mesmo assim, o presidente executivo da companhia, Michael O’Leary, escreveu uma carta aos pilotos para lhes oferecer aumentos salariais e melhoria das condições de trabalho, com o objetivo de que estes ficassem na transportadora aérea.