A Ryanair aprovou planos para lançar voos transatlânticos, como parte de uma ambiciosa estratégia de crescimento da companhia nos próximos cinco anos. Os bilhetes transatlânticos só de ida (one-way) começariam em 10 libras (14 euros), a partir da Europa, para 12 ou 14 cidades nos Estados Unidos. De acordo com um comunicado da transportadora irlandesa de baixo custo, a Ryanair já iniciou conversações com os construtores para a compra de aviões de longo curso, sem adiantar pormenores. “Os consumidores europeus querem viagens low cost para os EUA e os americanos desejam o mesmo para a Europa. É um desenvolvimento lógico do mercado europeu”, acrescenta a companhia.
Chicago, Boston, Nova Iorque, Londres, Berlim e Dublin são cidades que podem estar incluídas neste plano da Ryanair, que poderá concretizar-se em quatro ou cinco anos. Numa recente conferência de Imprensa, em Lisboa, Michael O’Leary, CEO da Ryanair, negou a intenção de efectuar voos para os Estados Unidos a partir da sua nova base em Ponta Delgada, nos Açores. No entanto, em Novembro último, no Forum para CEO da Deloitte Enterprise, na Irlanda, admitiu a possibilidade de ligar 15 cidades europeias a 12 cidades nos EUA. O único problema residiria na escassez de disponibilidade de aviões de longo curso no mercado, admitiu.
Paralelamente, também a companhia low cost Norwegian Air Shuttle está a planear operar voos de baixo custo de longo curso, ligando a Europa aos Estados Unidos e à Ásia, através da base em Dublin da sua subsidiária Norwegian Air International. Esta transportadora já tem uma frota de 17 Boeing 787 Dreamliner e planeia encomendar mais cinco ou 10 aparelhos. A Norwegian Air Shuttle já voa de Londres para Nova Iorque.