A companhia aérea cipriota Cobalt Air, que deixou de voar no passado dia 18 de outubro, devido a declaração de falência (LINK notícia relacionada), acumulou cerca de 34 milhões de dólares norte-americanos, em cada um dos últimos três anos de operação, revelam fontes do sector da aviação comercial.
A companhia foi fundada por um empresário australiano, que se aliou nos últimos anos a investidores chineses (detinham 49% do capital da empresa) que aplicaram na Cobalt cerca de 114 milhões de dólares norte-americanos, sem contudo conseguirem reerguer a empresa, cuja falência deixa Chipre sem companhia aérea comercial de bandeira.
Uma vez mais, já tinha acontecido em 2015 aquando da bancarrota da Cyprus Airways, há rumores de que a companhia irlandesa de baixo custo Ryanair está interessada em adquirir o Certificado de Operador Aéreo (COA) da empresa falida. Uma intenção, que a ser verdadeira, terá de ter a concordância dos credores da Cobalt Air ou do tribunal onde irá decorrer o processo de falência.
Entretanto o Governo de Chipre declarou que assumirá os custos das viagens de regresso dos cerca de 18.000 passageiros que tinham viagens marcadas em voos da Cobalt Air e que se encontrem no país ou fora dele. O ministro dos Transportes Vasiliki Anastasiadu disse que legislação não obriga as autoridades governamentais a assumirem tais custos. Contudo, em Nicósia, essa despesa – entre 1,5 a dois milhões de euros – será assumida pelo Executivo, precisamente para não causar mais danos à imagem do país como destino turístico.