Ryanair mantém-se nos Açores no Inverno – Reforço de ligações em 2024

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As ilhas de São Miguel e Terceira vão passar a ter no inverno quatro ligações aéreas com o continente português operadas pela Ryanair (duas para Lisboa e duas para o Porto), anunciou nesta sexta-feira, dia 1 de setembro, o Governo Regional dos Açores.

Em comunicado, o Governo Regional e a ‘Visit Azores’ (responsável pela promoção turística do arquipélago português) adiantam que a operação da Ryanair para a Região Autónoma vai contar com, pelo menos, cerca de 2.032 voos anualmente.

Durante o inverno, “para já”, estão previstas duas ligações semanais entre Ponta Delgada e Lisboa e outras duas de Ponta Delgada para o Porto.

A ilha Terceira também vai estar ligada a Lisboa e ao Porto com dois voos semanais para cada destino operados pela companhia irlandesa de baixo custo.

“Além de ligações Lisboa-Ponta Delgada e Porto-Ponta Delgada, bem como Lisboa-Terceira e Porto-Terceira, existirão ainda, durante o Verão, ligações a Londres/Stansted (Reino Unido) e Nuremberga (Alemanha), que já apresentam perspetivas de reforço em 2025 face à operação prevista para 2024”, adianta o executivo.

Para o Verão, estão programadas 13 ligações por semana entre Ponta Delgada e Terceira com Lisboa, sete com o Porto, uma com Stansted e outra com Nuremberga.

“Durante o inverno IATA, a operação da Ryanair estará adaptada à procura esperada pela companhia e irá evoluindo à medida do crescimento da procura e do incremento turístico expectável na região, disponibilizando novos voos de acordo com o comportamento do mercado”, assegura o governo.

O executivo açoriano, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, revela “satisfação” com a manutenção da Ryanair nos Açores, admitindo “longas e difíceis conversações” com a companhia aérea.

“As difíceis conversações com a Ryanair estiveram sistematicamente sujeitas a vários obstáculos estruturais, completamente alheios à região, mas que condicionaram todo o trabalho e que condicionarão a própria operação agora anunciada”, lê-se na nota de imprensa.

Segundo o Governo Regional dos Açores, entre os “obstáculos” está a “falta de capacidade no aeroporto de Lisboa, com a consequente limitação de slots“, estando o “impasse na decisão da localização e construção do novo aeroporto” a “afetar gravemente” o arquipélago.

O executivo regional aponta ainda a “decisão da ANA Aeroportos em aumentar as taxas aeroportuárias em Ponta Delgada”, uma “situação entretanto minimizada”, e as taxas ETS (taxas ambientais aplicadas na União Europeia) como os motivos apresentados pela Ryanair para reduzir a operação nos Açores.

O Governo açoriano já tinha admitido a existência de um acordo com a companhia irlandesa que passava pela redução de voos, mas até aqui tinha rejeitado entrar em detalhes até às ligações serem disponibilizadas no site da transportadora, levando o Partido Socialista (oposição parlamentar nos Açores) a exigir esclarecimentos.

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, já veio afirmar que o executivo “fez o que tinha de fazer” para manter a operação da Ryanair para o arquipélago, realçando que os açorianos têm se “habituar” à “economia não governamentalizada”.

A Ryanair voa para o arquipélago dos Açores desde o dia 31 de março de 2015.

 

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