A companhia de baixo custo irlandesa Ryanair anunciou nesta segunda-feira, dia 2 de março, que o seu programa de voos de médio curso, nomeadamente de e para Itália, vai ser reduzido em cerca de 25 por cento por um período de três semanas, de terça-feira, 17 de março, a quarta-feira, 8 de abril, em resposta ao surto de Covid-19, que começou a afetar, na última semana, alguns países europeus.
A Ryanair registou uma queda significativa nas reservas para o período de final de março/princípio de abril, destaca um comunicado distribuído pela companhia aérea. Também houve um aumento significativo na não comparência (no show) de passageiros em voos, principalmente para/de e dentro da Itália.
A companhia considera que esses cancelamentos não deverão ter um impacto material nas previsões de resultados do exercício do atual ano fiscal, que termina no final do mês de março de 2020, e diz que é muito cedo para especular qual o impacto do surto de Covid-19 nos ganhos do próximo exercício fiscal.
A Ryanair continuará monitorando as reservas com cuidado e continuará a flexibilizar os seus horários em resposta a essa situação em desenvolvimento. A companhia diz que está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades de cada país onde opera e segue todas as diretrizes fornecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) para garantir a saúde e o bem-estar dos seus funcionários e clientes.
Admissões de pessoal e salários congelados – Facilitados pedidos de licença sem vencimento
Seguindo orientações da administração as companhias do Grupo ‘Ryanair Holdings’ – Ryanair, Laudamotion, Buzz e Malta Air – decidiram fazer alguns cortes de voos na programação estabelecida para os próximos meses, á medida que os padrões de reserva são alterados; atribuir férias anuais ou não remuneradas (licenças sem vencimento) a pilotos e tripulantes de cabina; congelar o recrutamento e promoções de pessoal, assim como o congelamento de salários; e desenvolver esforços para negociar prazos de pagamento com fornecedores terceirizados para reduzir custos.
No mesmo comunicado a Ryanair assume-se como uma das companhias aéreas mais fortes do sector, com um balanço francamente positivo, com custos unitários dos mais baixos deste segmento de transporte aéreo e com uma frota que é sua propriedade em cerca de 90 por cento. Acrescenta que, quanto a dívidas a credores, elas são praticamente “inexistentes”.