A South African Airways (SAA) realizou nesta segunda-feira, dia 21 de janeiro, o primeiro voo comercial intercontinental com um dos seus quatro novos aviões Airbus A350-900. Foi no percurso Joanesburgo-Nova Iorque/JFK, um voo direto da companhia sul-africana, que até à semana passada era feito com equipamento Airbus A340-600, com seis frequências semanais.
A aeronave, matrícula ZS-SDD, partiu de Joanesburgo pelas 22h14 locais da segunda-feira (voo SA203), tendo aterrado no Aeroporto de Nova Iorque/JFK pelas 07h03 locais da terça-feira, dia 21, após 15h49 de voo, segundo os registos do ‘FlightRadar24’. No voo de retorno (SA204) o A350-900 da SAA descolou de JFK pelas 22h52 locais de terça-feira, tendo aterrado em Joanesburgo pelas 07h27 locais desta quarta-feira, dia 22 de janeiro, ao fim de 13h36 de voo.
Este primeiro voo com grande destaque na África do Sul e nas redes sociais em contas ligadas ao sector na África Austral, ocorre numa semana muito difícil para a companhia aérea que, nesta terça-feira, dia 21, anunciou o cancelamento de 38 voos programados com o intuito de poupar dinheiro – que, afinal, não tem disponível – evitando assim o colapso da empresa. A SAA está a aguardar uma injeção de capital, de emergência por parte do Governo da República da África do Sul, seu único acionista, para poder salvar-se da bancarrota.
A maioria dos cancelamentos, nesta semana, ocorrem e ocorrerão nos percursos domésticos, nomeadamente entre as principais cidades do País – Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban. A nível internacional, apenas foram retirados alguns voos com destino à cidade alemã de Munique. Um comunicado da companhia diz que até à sexta-feira, dia 24 de janeiro, será assim. Depois logo se verá. Mas aguardam-se melhores notícias.
O Governo de Pretória prometeu injetar na companhia dois milhões de rands (cerca de 138 milhões de dólares norte-americanos). O dinheiro não chegou na semana passada como prometido, mas os responsáveis da companhia acreditam que chegue nesta semana. Caso contrário, há perspectiva de bancarrota e desemprego para 10.000 trabalhadores.