A Scandinavian Airlines Systems (SAS) começou nesta quarta-feira, dia 4 de outubro, a sentir os efeitos da sua reestruturação financeira nas bolsas de valores do Norte da Europa, após ter sido anunciado que um consórcio, que inclui a Air France-KLM e o Estado dinamarquês, vai resgatar a companhia aérea, que sairá dos mercados de valores.
O consórcio vai investir 1.175 milhões de dólares (1.116 milhões de euros) no processo de reestruturação da companhia aérea que enverga as bandeiras dos três países escandinavos – Dinamarca, Noruega e Suécia.
As ações da SAS na bolsa de Estocolmo afundavam 83% às 12h30 (UTC) para 0,05 coroas suecas (0,004 euros), enquanto em Copenhaga registavam uma queda de 85% para 0,03 coroas dinamarquesas (0,004 euros).
Na terça-feira, dia 3 de outubro, foi anunciado um acordo que estabelece que o fundo Castlelake controlará 32% do capital da empresa, o Estado dinamarquês 25,8%, o grupo Air France-KLM 19,9 % e o fundo Lind Invest 8,6 %, com os restantes 13,6% distribuídos pelos credores.
Durante a apresentação do plano de reestruturação da SAS, o presidente do Conselho de Administração, Carsten Dilling, indicou que a companhia aérea escandinava deixará de estar cotada nas bolsas de Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e Copenhaga (Dinamarca) no segundo trimestre de 2024.
A SAS declarou-se insolvente em julho de 2022, ao abrigo da lei de falências dos Estados Unidos, o que lhe permite reorganizar-se para resolver os seus problemas financeiros, agravados pela pandemia de covid-19 e uma greve de pilotos.
No início de setembro, a SAS anunciou que tinha voltado a registar lucros no terceiro trimestre, pela primeira vez desde 2019.
Como parte da transação agora anunciada, a SAS pretende eventualmente aderir à SkyTeam Alliance, aliança comercial estratégica da qual a Air France-KLM é membro fundador, e sair da Star Alliance.