Um avião da companhia portuguesa Azores Airlines (Grupo SATA) transportou nesta sexta-feira, dia 26 de junho, uma brigada médica da República de Cuba para a República da Guiné-Bissau, onde os cooperantes internacionais irão trabalhar na assistência aos doentes infectados com a covid-19, cujo número, nas últimas duas semanas, subiu bastante neste país da costa atlântica ocidental do continente africano.
A brigada é constituída por 23 profissionais, entre os quais oito médicos, 12 enfermeiros intensivistas e dois técnicos de laboratório e um técnico de equipamentos electrónicos hospitalares. Trata-se de uma equipa de apoio aos 34 profissionais de saúde que se encontram permanentemente na Guiné-Bissau, ao abrigo de acordos de cooperação entre os dois países.
O avião de bandeira portuguesa, um Airbus A321neo LR, matrícula CS-TSH, tinha descolado de Lisboa, no dia 24 de junho, depois de ter regressado no dia anterior de um estacionamento forçado no Aeroporto de Tarbes/Lourdes, em França, devido à suspensão dos voos da Azores Airlines, em março passado devido à pandemia. O voo direto entre Havana e Bissau demorou cerca de nove horas, tendo a aeronave aterrado na capital guineense pelas 20h20 locais (mesma hora UTC).
Depois do desembarque da brigada médica e de alguns poucos passageiros que nos indicaram serem cidadãos guineenses que estavam em tratamento em Cuba e que agora foram repatriados, o avião da SATA embarcou cerca de 150 passageiros com destino a Lisboa, num voo de repatriamento que contou com a cooperação das autoridades da Guiné-Bissau e de Portugal. Embarcaram passageiros de nacionalidade portuguesa e residentes em Portugal, bem como outros cidadãos com passaporte europeu e nacionais da Guiné-Bissau, com visto de entrada válido em Portugal e autorização de residência no País. Adquiriram os seus bilhetes numa agência de viagens de Bissau, que concentrou as vendas.
A República da Guiné-Bissau, país africano lusófono, com cerca de dois milhões de habitantes, aumentou nesta sexta-feira, dia 26 de junho, para 1.614 os casos acumulados de infeção por covid-19, bem como o número de vítimas mortais que passou de 19 para 22, segundo o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.
Segundo o coordenador do COES, Dionísio Cumba, entre segunda-feira e quinta-feira foram registados mais 58 novos casos de covid-19 no país, para um total de 1.614 casos acumulados desde o início da pandemia.
- Fotos @ Albano Barai, que recolheu também valiosas informações para este texto que o ‘Newsavia’ publica.