O presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, Luís Rodrigues, disse neste sábado, dia 10, que o grupo aéreo português com sede na Região Autónoma dos Açores a que preside vai fechar o ano, e pela primeira vez, com receitas acima de 200 milhões de euros, também mais do que o previsto no plano de reestruturação.
“Vamos acabar 2022 com cerca de 10%, 12% em [número de] passageiros melhor que em 2019 e com 30% mais de receita”, disse Luís Rodrigues durante o 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Assim, “este ano, 2022, pela primeira vez na história da companhia vamos ultrapassar os 200 milhões de euros de receita, que é significativamente mais do que aquilo que está no plano [de reestruturação]”, avançou.
No entanto, o responsável explicou que os resultados “ainda não se traduzem exatamente” assim, dado que a empresa, como todo o setor, tem que lidar com o agravamento de custos, nomeadamente “com a crise do combustível”.
Ainda assim, sublinha, “esse percurso há de aparecer”.
Segundo uma apresentação que o presidente da SATA mostrou no congresso, a empresa obteve 157 milhões de euros de receita em 2019 e estima 202 milhões de euros em 2022.
Luís Rodrigues lembrou que estar hoje “a falar da SATA é um milagre”, mas ressalvou que “os milagres dão muito trabalho”.
E nesse sentido, perante uma plateia maioritariamente de agentes de viagens e operadores turísticos, referiu a este propósito que “grande parte dessa responsabilidade ou desse milagre está aqui. Tenho que prestar homenagem a este grupo porque vocês nos ajudaram exatamente a fazer isto (…), resta-me agradecer”.
A propósito da recomendação dos passageiros, o responsável disse que “está a correr bem”, com o indicador que a mede (NPS) a atingir os 62 em outubro, acima da média do setor.
“Aliás, o primeiro dia do congresso da APAVT este ano nos Açores é um dia histórico, não só porque é o primeiro dia do congresso da APAVT, mas porque tivemos o privilégio de bater o recorde de NPS naquele dia, que atingiu 82, o que é um número fantástico”, afirmou.
O próximo ano, Luís Rodrigues lembrou que “vai ser marcado por um evento único que é a intenção de privatizar a Azores Airlines”, um processo que considerou fundamental.
“Fundamental para que a companhia consiga sobreviver, evoluir”, disse.