A SATA Internacional vai substituir os três aviões Airbus A310 da sua frota de longo curso por dois aviões Airbus A330-200, anunciou a companhia nesta quinta-feira, 25 de Junho, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, sede da companhia aérea portuguesa, que tem a sua principal base de operações na Região Autónoma dos Açores.
Os aviões A330 nas rotas de longo curso garantirão um serviço “mais fiável e mais qualificado”, disse o presidente do Conselho de Administração da transportadora, sem avançar uma data, mas que a imprensa açorina tem referido com insistência estar apontada para o mês de Agosto. Essa é, aliás, uma promessa que tem sido feita pelo sector comercial da empresa junto dos agentes de viagens, nomeadamente na América do Norte, onde vivem importantes comunidades de açorianas e para onde a companhia tem duas linhas regulares muito importantes: Toronto (Canadá) e Boston (EUA).
“Nós tomámos a opção de na frota de longo curso termos aviões A330”, afirmou Luís Parreirão aos jornalistas, no final da apresentação do estudo técnico-operacional que suporta a escolha efetuada pelo Conselho de Administração da SATA, que decorreu no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.
Atualmente, a SATA Internacional (que faz as ligações para fora dos Açores) efetua voos de médio e longo curso com aparelhos A310 e A320, sendo que no final desta renovação da frota ficará com três aviões A320 no médio curso e dois A330 no longo curso.
As declarações do presidente da companhia açoriana confirmam a proposta que estava a ser considerada pela SATA e que constava do estudo que o Governo Regional dos Açores, proprietário da companhia aérea, tinha mandado fazer para suportar as decisões quanto ao futuro da empresa. Os dois aviões serão adquiridos em leasing operacional e deverão chegar aos Açores só em Agosto, o que significa algum atraso em relação ao prazo que tinha sido abordado no documento.
“Tendo consciência que o serviço que vimos prestando nem sempre tem sido o melhor, fruto das circunstâncias da idade das aeronaves e da sua progressiva diminuição de fiabilidade, aquilo que se pretende com as opções que tomámos é assegurar um serviço mais fiável, mais qualificado e, sobretudo, uma relação cada vez de maior confiança com os nossos passageiros”, referiu o presidente executivo do Grupo SATA.
Luís Parreirão disse ainda que o transporte aéreo para os Açores é “muito relevante”, dada a natureza arquipelágica e localização a meio do Atlântico Norte.
O estudo técnico-operacional, que suporta a decisão da Administração da SATA pelos dois A330, foi elaborado por uma consultora especializada e pelo Instituto Superior da Educação e Ciências.
O comandante Paulo Soares, que apresentou o estudo, disse que o Airbus A330 tem capacidade para um total de 284 passageiros, um volume de carga de 136 metros cúbicos e apesar do custo com combustível ser maior, em comparação com o Boeing 767-300ER, torna-se mais económico porque transporta mais passageiros.
“O A330 é a aeronave mais adequada ao enquadramento e perspetivas futuras da SATA”, afirmou o comandante Paulo Soares, acrescentando que o estudo conclui que este avião “voa direto e sem qualquer restrição para toda a rede SATA.
Nos últimos meses a SATA Internacional tem treinado comandantes e pilotos para tripular os novos aviões da sua frota. A formação tem sido feita em Itália.
- Esta notícia foi composta com informações de jornais açorianos, nomeadamente do ‘Açoriano Oriental’, que se publica na ilha de São Miguel.