A SATA Internacional vai substituir a sua frota de quatro aviões Airbus A310-300 por aparelhos A330-200 (iguais ao que equipam actualmente a frota de longo curso da TAP Portugal), mais modernos e com maior capacidade de transporte, anunciou hoje, na sua edição impressa, o jornal ‘Diário Insular’ que se publica na ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores.
A decisão, explica o jornal, está contida no Plano de Desenvolvimento Estratégico do Grupo SATA 2015-2020, elaborado pela companhia aérea açoriana a pedido do accionista – Governo da Região Autónoma dos Açores – que já solicitou à Assembleia Legislativa dos Açores o agendamento do documento.
Este plano, já foi apreciado pelo Governo Regional, pelo que sujeitar-se-á de seguida ao veredicto dos deputados regionais. Logo que estiver aprovado será o guião da actividade do Grupo SATA, que integra duas companhias aéreas: a SATA Air Açores dedicada ao transporte inter-ilhas, com uma frota de seis aviões, quatro Bombardier Q400 NextGen e dois Bombardier Q200; e a SATA Internacional que tem uma frota de 4 aviões A320 que realizam voos de médio curso para a Europa, nomeadamente as ligações regulares das ilhas açorianas com aeroportos nacionais de Lisboa e do Porto, e quatro aviões A310-300 utilizados no longo curso, em viagens para o continente americano e em voos não-regulares fretados por operadores turísticos, tal como os A320.
Os A310 são aviões já com muitos anos de serviço – o mais recente tem pouco mais de 22 anos e o mais velho tem quase 24 anos de serviço, contados desde o seu primeiro voo, segundo as listagens do site ‘www.airfleets.net’. Nos últimos meses têm acontecido incidentes com muita frequência nesta frota, devido sobretudo a avarias técnicas, naturalmente mais comuns em aparelhos com mais tempo de serviço.
A substituição da frota de longo curso da SATA por aviões usados A330, que segundo sabemos serão adquiridos em ‘leasing’, como aliás refere o ‘Diário Insular’, apenas peca por tardia. Não fossem as limitações que a companhia está sujeita devido ao seu accionista e proprietário ser o Governo Regional dos Açores, essa mudança já deveria ter sido feita há mais tempo. Quando a SATA recebeu o último A320 em Toulouse, em Maio de 2009, já a Airbus estava disposta a procurar aviões de segunda mão que satisfizessem as pretensões da companhia açoriana. Alguma hesitação e discordância entre os governantes regionais quanto ao tipo de aparelho a adoptar, adiou a decisão, que agora poderá ter custos acrescidos, sem contar com os prejuízos dos últimos dois anos, em que a companhia perde mais de 25 milhões de euros, por manifesta falta de estratégia e de plano de trabalho.
Nessa ocasião, em Toulouse, onde o A320 CS-TKO foi entregue, o então presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA disse que a substituição dos A310 levaria um pouco mais de tempo, nunca antes de 2011. Passaram mais de cinco anos sobre a recepção do A320 e mais três anos sobre a data provável.
A notícia do ‘Diário Insular’ surge dois dias depois do Governo dos Açores ter informado a Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) da conclusão do Plano de Desenvolvimento Estratégico do Grupo SATA para o período 2015-2020.
“Na sequência do compromisso público assumido, o Governo dos Açores acaba de solicitar à Presidente da ALRAA o agendamento da data na qual o documento possa ser apresentado aos deputados”, refere a notícia distribuída no passado dia 29 de Dezembro pelo Gabinete de Comunicação Social, em Ponta Delgada (São Miguel).
O plano elaborado pela SATA engloba, para além do plano de negócios, o plano de sustentabilidade económico-financeira e o processo de renovação da frota.
“O objetivo é assegurar que os Açores tenham uma transportadora [SATA Internacional] que sirva sobretudo os interesses dos açorianos e dos que visitam a Região, oferecendo elevados padrões de segurança e qualidade de serviço”, afirma a nota governamental.
A Sata nunca recebera os A-330 pois que nao tem verbas nem para um Lease
Gonçalo Almiro Matos Costa
Plano Estratégico da SATA para 2015
Havia um plano estratégico da SATA para 2015 ( pelo menos foi anunciado e prometido a sua divulgação ainda em 2014) um plano tipo “Parrreirão”;
Despachavam-se os velhos A310 para a sucata e compravam-se dois A 330 “semi novos” para voos intercontinentais, um verdadeiro negócio das “Arábias”.
Só havia dois pequenos pormenores que inviabilizaram esta nova fuga para a frente da SATA.
Em primeiro lugar a “sucata aérea “ rende pouco, logo a venda dos A310 pouco irá render e em segundo lugar para comprar os A 330 “semi novos” é preciso pagar em dinheiro. Dinheiro que a SATA não tem e muito menos o seu accionista , o Governo Regional dos Açores.
A acrescentar a isto tudo a SATA foi ultrapassada pelos acontecimentos, a Ryanair anunciou a criação de uma Base em Ponta Delgada e já é dado como certo a ligação do Continente Americano aos Açores e por essa via também ao continente Europeu, isto tudo a preços Low Cost não tendo a SATA qualquer hipótese de competir directamente com estes preço.
Pois é acabou-se o tempo das aventuras da SATA, de novos negócios estratégicos e promissores (mas que corriam sempre mal ) financiados pelas generosas receitas provenientes das ligações Açores- Portugal continental, em regime de monopólio (em colaboração com a TAP) .
A partir de agora é a doer e por isso mesmo seria bom o Governo Regional dos Açores e a Direcção da SATA passar a ter os pés bem assentes em terra.
Ou seja.
A SATA tem que ser redimensionada e focalizar a actividade na sua principal missão ; Voos inter ilhas e reencaminhamentos, sem esquecer as ligações ao Continente (Lisboa e Porto) nomeadamente nos aeroportos onde ainda não haja Voos Low Cost. É esta a razão de ser da SATA, a sua missão e a única justificação para o seu único accionista continuar a ser o Governo Regional.
Trocando por miúdos, a SATA vai ter que enviar os A 310 para a sucata, diminuir o número dos seus colaboradores (actualmente mais de 100 por aeronave) e passar a prestar um “serviço público” de qualidade com menos recursos.
É duro este plano?
É, mas não há neste momento grandes alternativas, não há dinheiro para novas aventuras. Enfim na altura em que havia margem para soluções mais “simpáticas “ o Governo Regional utilizou a SATA para resolver o seu problema de “desemprego partidário e familiar”, foram muitas oportunidades perdidas .
Mas atenção não pode ser sempre o “mexilhão “ a pagar pelos erros de uma Direcção megalómana, irresponsável e incompetente. Assim sendo a primeira decisão acertada que este Governo Regional deveria tomar, em relação à SATA, seria demitir a actual Direcção. Penso que será apenas uma questão de tempo.
Aguardemos.
PS: Mas ainda há quem sonhe com novas aventuras aeronáuticas para a SATA, a ultima é Cabo Verde…tenham juízo.
PS:PS A todos os meus leitores um bom ano
de 2015
Categoria: Opinião
Criado em 31-12-2014
Escrito por Gonçalo Almiro Matos Costa.
http://www.correiodosacores.info/…/11165-plano-estrategico-…
Plano Estratégico da SATA para 2015
A mais completa Informação Diária dos Açores
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Um artigo de Opinião sem sumo… apenas falar por falar.
Concordo plenamente ! LOL isto ultimamente é so especialistas em aviação …
Meus amigos… esta informação é completamente falsa “…um dos A310-300 da SATA Internacional encontra-se desde há várias semanas estacionado no Aeroporto de Boston, na costa leste dos EUA com uma avaria, desconhecendo-se quando voltará aos Açores.”
Façam favor de corrigir!!
Seguimos vossa proposta, verificámos as fontes e confirmámos a incorreção da informação. Retirámos da notícia a frase referida. Agradecemos o reparo e lamentamos que a nossa fonte não tenha sido correcta. Obrigado.
Atenção que esta informação: “Aliás um dos A310-300 da SATA Internacional encontra-se desde há várias semanas estacionado no Aeroporto de Boston, na costa leste dos EUA com uma avaria, desconhecendo-se quando voltará aos Açores.” é completamente falsa. Seria melhor corrigir e verificar as fontes.
Seguimos vossa proposta, verificámos as fontes e confirmámos a incorreção da informação. Retirámos da notícia a frase referida. Agradecemos o reparo e lamentamos que a nossa fonte não tenha sido correcta. Obrigado.