O Grupo SATA, que compreende as companhias aéreas SATA Air Açores e a SATA Internacional, e que tem sede na Região Autónoma dos Açores, terminou o exercício de 2014 com um prejuízo de 35 milhões de euros, revelou nesta quarta-feira, dia 6 de Maio, o presidente do conselho de administração do grupo, Luís Parreirão.
Ainda segundo os dados revelados por Luís Parreirão, a empresa fechou 2014 com um passivo de 162 milhões de euros, sendo 122 milhões respeitantes a dívida bancária de curto prazo.
Já as dívidas dos governos da República e Regional à empresa, ao abrigo dos contratos de prestação do serviço público de transporte aéreo de passageiros, ascendiam, no final do ano passado, a 63 milhões de euros, afirmou ainda o presidente da SATA, durante uma audição na Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, ilha do Faial.
Luís Parreirão explicou que as contas da SATA relativas a 2014 foram apuradas, seguindo, pela primeira vez, as regras internacionais de relato financeiro, de modo a dar-lhes mais transparência e credibilidade.
Assim, afirmou que se as mesmas regras tivessem sido seguidas para as contas de 2013, os prejuízos da SATA nesse ano teriam sido 30 milhões de euros, sendo essa a comparação que deve ser feita com os resultados de 2014.
Ao abrigo das regras seguidas anteriormente, o Grupo SATA apresentou prejuízos de 15,75 milhões de euros em 2013.
Luís Parreirão está a ser ouvido na comissão de inquérito à situação financeira da SATA criada na Assembleia Legislativa dos Açores.
Está presentemente em curso a implementação de um plano estratégico de recuperação do grupo aéreo do Açores que passa pela redução da frota da SATA Internacional, companhia que realiza voos de médio e longo curso. A frota de aviões A320 (médio curso) passou já de quatro para três unidades, com a saída do CS-TKO, na segunda semana do passado mês de Abril. O avião terminou o período de aluguer e regressou ao ‘lessor’. Era a unidade mais jovem desta frota, recebida directamente da fábrica no início do Verão de 2009.
Anteriormente, na primeira semana de Janeiro, a SATA Internacional também tinha devolvido ao ‘lessor’ o Airbus A310 CS-TKM, passando de quatro para três as unidades da sua frota de logo curso, sempre formada por aviões A310. A previsão da companhia é a substituição dos atuais três aparelhos por dois A330-200.