Uma plataforma de seis sindicatos de trabalhadores de terra da TAP defende que o Estado Português deve assegurar uma “posição equilibrada” no processo de privatização da companhia aérea nacional, considerando que é uma salvaguarda dos interesses do país.
Num comunicado emitido após uma reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, nesta quinta-feira, dia 27 de junho, aquela plataforma revela que manifestou as suas preocupações sobre “diversas questões laborais” e a privatização da TAP.
“Esta plataforma entende que deve o Estado Português assegurar uma posição equilibrada na companhia aérea, de modo a que possa assegurar a estratégia da própria companhia, o hub de Lisboa, a área da manutenção e consequentemente os interesses do país”, refere o documento assinado pelas direções dos seis sindicatos.
O documento, divulgado nesta sexta-feira, dia 28 de junho, é assinado pelas direções do Sindicato da Industria Aeronáutica (SIA), Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC), Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC)
Estes sindicatos consideram que a TAP é “uma empresa de âmbito nacional com fundamentos estratégicos muito importantes para o país”, um pilar do PIB português e responsável por milhares de postos de trabalho.
Para SIA, STAMA, STTAMP, SQAC, SIMA e SINTAC, o equilíbrio do domínio público na TAP é fundamental, porque se a companhia aérea dependesse dos privados “já não existiria, tal como ficou comprovado no passado recente”.
O anterior governo português, da responsabilidade do Partido Socialista, deu início ao processo de reprivatização da TAP no ano passado e esperava ter a operação concluída ainda no primeiro semestre deste ano, mas o processo ficou em suspenso devido à dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas, em março deste ano, que deram a vitória à Aliança Democrática (formada pelos partidos PSD, CDS-PP E PPM).