O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) manifestou-se nesta terça-feira, dia 19 de julho, preocupado com o possível abandono dos Açores pelas companhias aéreas de baixo custo (EasyJet e Ryanair) e com uma eventual privatização do Grupo SATA.
“O que nós queremos pedir aos representantes do povo açoriano e ao Governo Regional é que tomem decisões e adotem medidas para acautelar o possível abandono de qualquer companhia aérea de baixo custo das rotas açorianas”, afirmou o porta-voz do sindicato, Bruno Fialho, em declarações à agência noticiosa ‘Lusa’.
Desde a liberalização parcial do mercado entre o continente e os Açores, a 29 de março de 2015, operam para esta Região Autónoma portuguesa as companhias aéreas de baixo custo Ryanair e Easyjet, a par da Azores Airlines (Grupo SATA) e da TAP Portugal.
O dirigente sindical considera que as companhias do Grupo SATA “não estão a aproveitar o fluxo de passageiros da melhor forma”, o dirigente sindical disse que tem indicações de um “possível abandono” da Easyjet “caso não se preencham as quotas que atualmente detém” no mercado.
Entretanto, José Lopes, diretor comercial da Easyjet em Portugal, contraria a opinião de Bruno Fialho e respondeu à ‘Lusa’ que “não corresponde à verdade” uma retirada do mercado açoriano, acrescentando que a operação “está a correr bastante bem”, sendo as taxas de ocupação “bastantes elevadas”.
“Desconfiamos do objetivo, uma vez que a pessoa do sindicato que as proferiu é funcionário da SATA e possivelmente pretendia provocar algum tipo de dano a um concorrente, que é a Easyjet, para tentar beneficiar o seu empregador”, disse.