O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou que os números da greve entre os tripulantes de cabina colocados nas bases portuguesas da EasyJet foram “avassaladores”, com 367 voos cancelados, e reiterou estar pronto para negociar, mas pode voltar à luta.
“Os números da greve são avassaladores: apesar daqueloutros que decidiram mercantilizar a sua posição, foram cancelados 367 dos 412 voos programados, ou seja, 89%”, lê-se numa nota enviada nesta quarta-feira, dia 26 de julho, aos associados do SNPVAC, a que a agência de notícias ‘Lusa’ teve acesso.
Os tripulantes de cabina da EasyJet terminaram, esta terça-feira, o terceiro período de greve em quatro meses.
Segundo os números do sindicato, ao longo dos três períodos de greve foram cancelados 744 dos 791 voos programados, 94% do total.
“Muitos milhões a voar (ou melhor, em terra) que teriam servido para chegarmos a acordo”, sublinhou, reiterando estar pronto para negociar.
O sindicato disse que a empresa informou nesta quarta-feira (dia 26) os trabalhadores de que se sentará à mesa “quando considerar que tenha o clima social propício para tal”.
Contudo, o SNPVAC lembrou que o “tempo dos associados pode ser diferente” e que não vai deixar o processo arrastar-se.
“A nossa luta é mais do que justa e não abrandaremos nas nossas reivindicações. Ou a empresa percebe isto, ou seremos todos chamados novamente à luta porque ‘quem não luta pelo futuro que quer, aceita o futuro que vier'”, concluiu.
Os tripulantes de cabina da EasyJet reivindicam condições semelhantes às das bases da transportadora noutros países.
Em 6 de julho, a proposta da EasyJet foi ‘chumbada’ por 90% dos tripulantes de cabina filiados no SNPVAC, que marcou a greve.