Os quatros sindicatos dos trabalhadores da empresa portuguesa de handling Portway desconvocaram com efeito imediato todas as greves previstas, após a assinatura do novo Acordo de Empresa (AE), segundo um comunicado divulgado na sexta-feira, dia 23 de fevereiro.
As quatro estruturas sindicais representativas dos trabalhadores – Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (SINDAV), Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pescas (SIMAMEVIP) – e a Portway chegaram a acordo, na quinta-feira (dia 22), para atualizações salariais e estabeleceram um novo AE, que revoga o anterior.
“Com a assinatura deste novo AE, entendemos estarem reunidas as condições para a desconvocação de todas as greves que estavam em vigor desde julho de 2023, com efeitos imediatos”, anunciaram hoje os sindicatos.
As estruturas sindicais adiantam que as novas tabelas salariais contemplam uma “valorização salarial entre 4% e 7,84% (nos níveis mais baixos)”.
Segundo os sindicatos, o novo acordo prevê um aumento de 5% nas tabelas salariais com retroativos a janeiro, pagos em dois momentos: “4% já processados no imediato e 1% processado em novembro, mediante o cumprimento do objetivo operacional de 60 mil voos assistidos até 31 de outubro”.
Paralelamente estabelece um aumento de 5% de aumento no benefício social e o pagamento dos feriados “em escala a 150% (em vez dos atuais 50%”.
Relativamente aos subsídios de turno prevê “o pagamento de 21% do subsídio para quem atinge 38 horas noturnas e de 16% para quem atinge 30 horas noturnas (independentemente da amplitude)”.
Os sindicatos consideraram que “depois do enorme salto qualitativo que foi a assinatura do AE2020 comparativamente com o AE2016, este é mais um passo na melhoria e elevação das condições dos trabalhadores da Portway”.
A Portway destacou, na quinta-feira, em comunicado, “a boa cooperação entre representantes dos trabalhadores e da empresa”, o que, diz, “possibilitou a assinatura” do acordo.