O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) manifestou-se hoje, 13 de Novembro, contra a privatização de 66% da TAP anunciada pelo Governo, afirmando que o processo é “vergonhoso” e reflete uma “atitude bárbara” do executivo.
“Somos contra a privatização da TAP. É mais uma patifaria que se está a fazer à economia nacional. Estamos em desacordo e tudo faremos para que não seja concretizado o objectivo do Governo”, disse o secretário-geral do SITAVA, Luís Rosa, à agência de notícias portuguesa Lusa.
O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, um processo de privatização da TAP, pela alienação de acções representativas de até 66% do capital social da TAP SGPS. (Vide notícia anterior)
Luís Rosa classificou de “vergonhoso todo o processo de privatização que está em cima da mesa”, considerando tratar-se de “uma ideologia do Governo, e não uma questão financeira”.
“Tendo em conta a importância económica que a empresa tem para o País, para toda a actividade económica relacionada com a TAP e a capacidade exportadora que a companhia tem neste momento, e que a torna a maior exportadora nacional, trata-se de uma atitude bárbara”, afirmou o sindicalista.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo (SNPVAC), também contactado pela Lusa, disse estranhar “esta pressa” do Governo quanto à privatização da companhia aérea.
“Achamos estranho esta pressa e estamos muito preocupados, mas estamos ainda mais preocupados com aquilo que o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse sobre a venda”, declarou o presidente do SNPVAC, Rui Luís.
Rui Luís disse esperar que, “francamente, contem com os trabalhadores nesta possível privatização”.
Sindicato dos Pilotos pronuncia-se na próxima semana
A agência Lusa também contactou o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que remeteu para a próxima semana uma posição do sindicato sobre a decisão hoje anunciada pelo executivo.
Entretanto, e já na sequência do anúncio do Governo, a Comissão de Trabalhadores da TAP reuniu-se e decidiu dirigir-se ainda hoje para o Ministério da Economia onde vai solicitar uma reunião com o ministro Pires de Lima, revelou à Lusa Jorge Figueiredo, da Comissão de Trabalhadores.
O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou no parlamento a 1 de Outubro que já tinha apresentado ao Governo “três ou quatro interessados” na privatização da companhia.
O empresário português Miguel Pais do Amaral, com o antigo dono da Continental Airlines, Frank Lorenzo, o grupo espanhol Globalia, dono da Air Europa, o empresário Gérman Efromovich e a companhia brasileira Azul têm sido apontados na imprensa como interessados na operação.
Contactado pela Lusa, o empresário Miguel Pais do Amaral disse hoje que vai analisar com o consórcio financeiro a privatização de 66% da TAP e lembrou que o projecto que tinha para a companhia aérea era sobre 100% da empresa.
O Governo português recusou, em Dezembro de 2012, a proposta de compra da TAP feita pelo grupo Synergy, detido pelo empresário colombiano Germán Efromovich, o único concorrente à privatização, e a venda está suspensa desde então.
Os trabalhadores da Tap devem olhar para o que sucedeu com os trabalhadores da Al Italia que quando vou vendida todos os que estavam a mais foram postos a andar.A lei da Uniao Europeia ja disse que nao pode continuar a ser como dantes.Companhias Privadas nao concentam pessoal que esta a mais