SITAVA insurge-se contra a forma como os trabalhadores da TAP têm sido tratados

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O SITAVA – Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos condenou nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro, a “chacota” de que têm sido alvo os trabalhadores da TAP e disse que vai defender de forma “intransigente” os postos de trabalho e os salários.

“[Foi] um final de semana onde os trabalhadores da TAP foram, em todas as rádios, jornais e televisões, o alvo predileto da chacota e da sapiência nacional, onde os jornalistas e sobretudo os ilustres comentadores foram apimentando as emissões, acabando por ter o seu epílogo com as declarações de vários senhores ministros, que por fim conferiram ao tema a necessária credibilidade”, afirma o sindicato, em comunicado enviado à imprensa, em que comenta a apresentação oficial e todos os comentários originados pela divulgação do Plano de Reestruturação da TAP, entregue à Comissão Europeia, em Bruxelas, no passado dia 10 de dezembro.

“Segundo os governantes, os trabalhadores da TAP andam, afinal, há anos, a roubar os portugueses. Foi, portanto, decretado neste final de semana que os trabalhadores da TAP vão passar a ser uma espécie de sem-abrigo a quem os ‘contribuintes portugueses’, por especial favor, vão pagar um salário, que, por isso, tem de ser pequenino, porque quanto maior for, mais os portugueses têm que pagar”, comenta por seu lado o SITAVA.

O sindicato garante que “tudo fará para promover a unidade de todos os trabalhadores e das suas estruturas de classe”, a fim de organizar “a defesa intransigente dos postos de trabalho e dos salários”.

Na sua ótica dos sindicalistas, os custos com os trabalhadores são apenas uma das parcelas “e nem sequer a maior”, exigindo saber qual será a redução de custos noutras rubricas, “como por exemplo nas negociatas dos ‘leasings’, dos combustíveis, das taxas e comissões, dos fornecimentos externos”, entre outras.

“Vem agora o poderoso patrão, impondo à força de lei o corte do salário livremente negociado, anunciar candidamente que ‘se quiseres cortar mais, dou-te mais um posto de trabalho’. Não, isto não é aceitável, isto é terrorismo!”, aponta o SITAVA.

O salário dos trabalhadores da TAP é “o produto da venda da nossa força de trabalho” e não deve ser cortado em troca de um posto de trabalho.

O comunicado termina com um convite à união dos trabalhadores, “pois a coisa ainda agora começou”: “O SITAVA tudo fará para promover a unidade de todos os trabalhadores e das suas estruturas de classe, a fim de organizarmos a defesa intransigente dos postos de trabalho e dos salários”.

 

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