SNPVAC sugere mais esclarecimento público sobre futuro da SATA

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Curso ISEC_Absant fev2018O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou nesta terça-feira, dia 27 de março, ser “necessário esclarecer” a opinião pública portuguesa e os açorianos sobre a gestão da SATA e a privatização parcial do negócio que assegura ligações para fora do arquipélago dos Açores.

“Consideramos que é necessário esclarecer a opinião pública e em especial o povo açoriano sobre factos de todo inadmissíveis e que relegam a companhia para níveis de gestão inaceitáveis numa companhia de Estado, representante de uma Região Autónoma”, frisa o SNPVAC, em comunicado enviado à imprensa portuguesa.

O sindicato diz que na segunda-feira, dia 26 de março, promoveu uma reunião com um grupo de pilotos da transportadora aérea açoriana “no sentido de avaliar o processo de privatização e as consequências da má gestão a que a empresa SATA tem sido sujeita por parte da administração com os prejuízos já sobejamente conhecidos”.

A Azores Airlines, antes designada por SATA Internacional, companhia aérea do Grupo SATA que é responsável pelas operações para fora dos Açores, fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, estando ainda por fechar as contas finais do ano, numa altura em que decorre um processo de privatização de até 49% da participação social indireta que a região detém na empresa.

De acordo com informações enviadas pelo Governo Regional à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), e referentes às contas das empresas do setor público açoriano, ao prejuízo da SATA Internacional junta-se um resultado líquido negativo de 4,54 milhões de euros da SATA Air Açores, responsável pelas ligações aéreas dentro do arquipélago.

 

Sindicato diz que o Grupo SATA não tem pilotos para voar os novos Airbus A321neo

O sindicato diz haver “falta de pilotos” na Azores Airlines e que tal é “resultante do mau planeamento feito pelo Conselho de Administração” da empresa que, prossegue a nota sindical, “até poderá ser intencional” e que “continuará a permitir que se aumente a dívida da empresa”.

E prossegue o SNPVAV: “Assim, os novos [aviões] A321 já chegaram e com eles o problema de não terem sido feitas as admissões em tempo útil com o resultado final de, neste momento, não termos pilotos para os voar. Inequivocamente, esta situação representa a queda da máscara que tem disfarçado tanta incompetência; ter aviões e não ter pilotos para os voar é neste caso o erro máximo de gestão, a negligência extrema, a prova provada de uma gestão danosa”.

 

  • Foto © Rui Guerreiro

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