Os gestores públicos nomeados para liderar, em período de transição, a South African Airways (SAA), decidiram nesta terça-feira, dia 29 de setembro, suspender toda a atividade operacional da companhia aérea, até que o governo injecte na empresa os fundos que tinha prometido e que são indispensáveis para manter a SAA a voar.
Até esta data o Governo da República da África do Sul não disponibilizou uma parte, sequer, dos cerca de 590 milhões de dólares (10 bilhões de randes) que prometeu, quando empossou o grupo de administradores que, presentemente, são responsáveis pela gestão da companhia aérea de bandeira nacional.
Desde março passado, após a declaração mundial de pandemia de covid-19, que a SAA está parada. Os voos regulares comercias foram suspensos nesse mês, e não serão retomados em breve. Apenas se realizaram voos de repatriamento ou de carácter humanitário e para transporte de bens essenciais, nomeadamente de medicamentos e equipamentos hospitalares.
Os administradores disseram esta semana que os voos que estão programados, adentro dos extraordinários atrás referidos, serão realizados, mas não serão assumidos novos compromissos. Toda a frota será entregue aos serviços de manutenção para conservação e eventuais revisões técnicas, diz um comunicado da equipa de gestores que aguarda o dinheiro prometido pelo governo.
Os trabalhadores, nomeadamente pilotos e tripulantes de cabina, estão num verdadeiro impasse, pois não sabem, nem fazem ideia, por agora, do que vai acontecer com a companhia, que já foi a mais importante e a mais internacional do continente africano.
Neste momento cerca de 4.700 trabalhadores encontram-se em regime de lay off.