A Direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil de Portugal (SPAC) distribuiu um comunicado interno (datado do dia 3 de Maio) aos seus associados em que diz que os pilotos que não aderiram à greve “prejudicam gravemente” a classe. Se esse grupo aumentar “é o nosso futuro que está em causa”, lê-se no documento, que faz um ponto sobre a greve que dura já há cinco dias, encontrando-se praticamente a meio do tempo decretado pela estrutura sindical.
“Hoje, mais do que a viabilidade da empresa”, é o “regime de prestação de trabalho que está em causa” refere o SPAC no que é considerado como um aviso forte e vigoroso aos pilotos que não quiseram aceder à paralisação ou que se estejam a desmobilizar.
No comunicado, mais uma vez, o SPAC denuncia que existe uma “crescente viabilização de voos através de voos de instrução ou com tripulações compostas apenas por comandantes e membros da estrutura da empresa”. O sindicato observa que essa eventual postura da TAP “revela ao futuro empregador que é afinal possível realizar parcialmente a operação com um número de pilotos reduzido, tornando o AE [acordo de empresa] dispensável e prejudicando gravemente todos nós, incluindo aqueles que agora a ele renunciam”.
O documento do sindicato alerta os pilotos que não aderiram à greve para o impacto da sua desmobilização e não adesão a este tipo de luta. A atitude dos pilotos, releva o SPAC, poderá ter consequências no futuro dos pilotos: “Se amanhã permitirmos que esse grupo aumente é o nosso futuro que está em causa. Se nada fizermos seremos todos esmagados, sem excepção”.
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