O Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) aguarda com “expectativa e esperança” as medidas do Governo Português para a TAP, vendo-as “com bons olhos”, e pediu reunião com a tutela, para debater soluções, noticia a agência ‘Lusa’.
“Aguardamos, com expectativa e esperança, as medidas que estão a ser desenvolvidas pela tutela, e obviar que as vemos com bons olhos, recordando ao Estado, tal como já transmitimos ao senhor primeiro-ministro, assim como ao senhor ministro das Infraestruturas e da Habitação, a nossa preocupação com os trabalhadores e os seus postos de trabalho, não esquecendo o esforço e gigantesco contributo que estes já estão a fazer, em resultado da diminuição de rendimentos fruto do regime de lay-off”, lê-se num comunicado divulgado pelo sindicato nesta quinta-feira, dia 14 de maio.
Neste sentido, o STAMA solicitou uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, para “debater soluções possíveis para o bem de todos”.
Apesar de não estar ainda fechado qualquer cenário para o futuro da companhia aérea, o sindicato considera que as afirmações do Governo, que já admitiu não descartar a hipótese de uma nacionalização da TAP, “não são de todo descabidas, quer no que diz respeito às condições para a sua intervenção, quer nas contrapartidas, no âmbito da gestão ativa, não apenas no modelo de ‘governance’”.
O STAMA ressalva, porém, que as sinergias com privados serão também “sempre vistas com bons olhos” por aquela estrutura, sempre que beneficiem os trabalhadores.
“Não vislumbramos no horizonte soluções ou alternativas que não passem por uma intervenção estatal, o que aliás, é reconhecido pela parte privada, quando pede um aval do estado para se financiar, frisando que só dessa forma se poderá salvar a TAP”, acrescenta o STAMA.
Atualmente, devido à pandemia de covid-19, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e recorreu ao lay-off simplificado dos trabalhadores.
Desde 2016 que o Estado Português (através da Parpública) detém 50% da TAP SGPS, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Atlantic Gateway (dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora. Os restantes cinco por cento da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.
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