A TAAG – Linhas Aéreas de Angola, companhia aérea de bandeira do País, é a empresa de capitais públicos que maior prejuízo registou em 2018, de quase 100 mil milhões de kwanzas (cerca de 260 milhões de dólares/236,8 milhões de euros), um forte aumento face ao exercício relativo a 2017. No segundo lugar está a Angola Telecom, com um prejuízo de 35 mil milhões de kwanzas (mais de 90 milhões de dólares/82 milhões de euros).
Os números foram divulgados pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), que publicou no seu site os relatórios e contas das 55 empresas do sector empresarial público de Angola e que contabilizam um prejuízo agregado de 66 mil milhões de kwanzas (173 milhões de dólares/157,5 milhões de euros) em 2018.
Todos os relatórios das auditorias independentes realizadas às contas das referidas empresas, assinadas pela ‘Ernst & Young Angola’, levantam reservas em relação aos números apresentados, segundo o ‘Jornal de Angola’, que publicou os números disponibilizados pelo IGAPE.
As inconformidades vão desde a inexistência de registos contabilísticos fidedignos, à falta de pagamento de impostos e contribuições ao Estado (no caso da EPAL), entre outros problemas, sendo que no caso da TAAG o auditor refere mesmo que a empresa necessita de ser recapitalizada sob pena de ser “impedida de continuar o seu curso normal de negócios.”