A TAAG – Linhas Aéreas de Angola continua a lutar contra um ambiente operacional difícil em África, disse recentemente o administrador-executivo da transportadora aérea angolana, William Boulter, em entrevista exclusiva à revista ‘Air Transport World’ (ATW).
“Angola está muito ligada à indústria do petróleo. Para a TAAG, a maior questão é a falta de divisas no investimento “, disse.
“Os nossos últimos resultados financeiros incluíram um efeito financeiro único que não estará disponível este ano. 2017 é um desafio”, referiu William Boulter. “Há crescimento no primeiro trimestre. A carga também mostra uma ligeira melhoria. No entanto, o mercado ainda está para baixo, o que afeta diretamente o balanço patrimonial “.
Devido à situação financeira, a TAAG não é capaz de fazer atualizações e melhorias necessárias na cabina de passageiros. Os três Boeing 777-200ER com 10 anos de existência precisariam de uma reestruturação. “Nós ainda não temos o dinheiro. As reduções nos custos vão ter de continuar”, acrescentou o administrador-executivo da companhia angolana à ATW.
Nesta entrevista à revista norte-americana, William Boulter, que é um dos administradores nomeados pela Emirates para recuperar a TAAG, disse que o uso de jatos regionais em Angola, como os Embraer E190, seria mais económico em vez dos atuais Boeing 737-700. Por isso,
mencionou que os E190 da Embraer seriam uma escolha inteligente para substituir os B737-700.
A TAAG voa presentemente para 31 destinos domésticos e internacionais com uma frota de 13 aviões Boeing 737-700 e Boeing 777-200/300ER. Nos últimos dois anos a companhia reduziu o pessoal de 3.900 para 3.300, mas William Boulter considera que a companhia aérea nacional de Angola ainda está com excesso de pessoal.