TAAG tem quatro vezes mais pessoal do que as suas congéneres

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O crescimento da TAAG – Linhas Aéreas de Angola tem de ter em conta uma área técnico-operacional que permita a conquista do tráfego regional africano e intercontinental e de mais investimento para o sector.

A ideia foi expressa em Luanda pelo administrador executivo da companhia aérea nacional de bandeira angolana, Joaquim Cunha, durante o debate sobre “Os desafios do crescimento do sector aéreo”, na Televisão Popular de Angola (TPA) na passada semana.

Joaquim Cunha defendeu que a TAAG está a desenvolver um formato sobre o qual vai estar assente a sua operação e que se baseia na lógica do hub (placa giratória), que prevê, além da captação do tráfego gerado no país, o tráfego regional e o intercontinental.

Para o administrador, é evidente que esta operação vai implicar mais investimento na frota, mais utilização do equipamento e um envolvimento maior de outros sectores, além de exigir o recrutamento de mais pilotos para satisfazer as necessidades de investimento.

“De acordo com os indicadores, nós temos à volta de 400 trabalhadores por aeronave, quando, em média, as companhias áreas da dimensão da TAAG têm cerca de 100 a 110. Portanto, temos aqui localizado um excedente muito grande. No entanto, é preocupação do governo não se efetuar despedimentos”, esclareceu.

Joaquim Cunha reconheceu o valor do formato que se pretende para a operação da TAAG, diferente do atual que faz da companhia angolana de bandeira uma transportadora “pobre em termos de rede de ligações”, na medida em que conta, basicamente, com o fluxo de tráfego gerado de e para Angola.

A TAAG está presentemente a passar por um processo de reestruturação de todos os seus departamentos e frota, de acordo com um protocolo de parceria em vigor com o Grupo Emirates, do Dubai, que desde o mês passado, está a coordenar junto com quadros angolanos, todos os trabalhos conducentes à reformulação que dará maior dimensão à companhia e uma melhor operacionalidade, além de apontar para um equilíbrio financeiro até final da década. No ano passado a TAAG teve um prejuízo de cerca de 99 milhões de dólares.

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