TACV volta a voar interilhas em Cabo Verde com dois voos pontuais em Fevereiro

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A companhia aérea estatal cabo-verdiana TACV/Cabo Verde Airlines vai voltar neste ano de 2023 a operar voos domésticos no arquipélago no período de Carnaval, ligação que tinha deixado de realizar em agosto de 2017, conforme anúncio da empresa.

A TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde, que opera com o nome comercial de Cabo Verde Airlines e que desde 2017 estava concentrada nas ligações internacionais, anunciou na semana passada uma campanha de “voos especiais” para o Carnaval na ilha de São Vicente, o mais emblemático do país.

A campanha prevê voos entre a Praia e São Vicente no dia 17 de fevereiro e regresso à capital cabo-verdiana no dia 22 de fevereiro, anunciando valores de ida e volta de 15.100 escudos (135 euros) através do Boeing 737 – alugado à angolana TAAG –, o único com que opera desde a retoma da atividade, em dezembro de 2020, desde então com ligações entre Cabo Verde e Lisboa (Portugal).

Em julho de 2017, a TACV anunciou que iria deixar de operar os voos domésticos, que então ligavam as sete ilhas do arquipélago, a partir de 1 de agosto, na sequência do processo de reestruturação. Esses voos passaram a ser garantidos apenas pela Binter CV, uma subsidiária da companhia aérea espanhola Binter, que após a crise provocada pela pandemia de covid-19 deixou o arquipélago, vendendo a maioria do capital social da operadora TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde (ex-Binter CV) à angolana Bestfly, que opera as ligações domésticas desde maio de 2021.

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado cabo-verdiano assumiu em 6 de julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão a cargo dos investidores islandeses e dissolveu de imediato os corpos sociais.

A TACV suspendeu os voos comerciais em março de 2020, devido às restrições nos voos para conter a pandemia de covid-19 e só retomou a operação, já de novo nas mãos do Estado cabo-verdiano, em Dezembro passado de 2021, ao fim de 21 meses, com ligações entre a Praia e Lisboa, alargadas em 2022 da capital portuguesa também às ilhas do Sal e de São Vicente, prevendo este ano retomar os voos para Boston, nos Estados Unidos da América, com uma segunda aeronave, que deverá ser contratada em breve.

 

  • Texto da Inforpress – Agência Cabo-Verdiana de Notícias

 

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