TAP aprova novo acordo de cooperação abrangente com a Azul

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A TAP Air Portugal aprovou a celebração de um acordo de cooperação comercial com a companhia Azul Linhas Aéreas Brasileiras, confirma um comunicado enviado nesta semana pela empresa de transporte aéreo portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa.

O acordo já tinha sido aprovado pelo Conselho de Administração da Azul no início do passado mês de novembro. Foi anunciado pelo site ‘Routesonline’ no passado dia 8 de novembro, que referiu, então, que os termos do novo acordo de parceria com a TAP Air Portugal, tinha sido trabalhado pelos gestores executivos de ambas as companhias aéreas. Uma notícia que foi também publicada pelo portal ‘Newsavia, que indicava que o documento seria ainda submetido a aprovação da assembleia de acionistas, o que aconteceu na semana passada, segundo informa, agora, a imprensa brasileira.

“O Acordo de Cooperação tem por objetivo estabelecer um modelo de cooperação comercial entre a TAP e a Azul, comummente usado na indústria da aviação, para prestar serviços de transporte aéreo conjuntos, aumentando a eficiência e a diversidade de produtos e serviços que são disponibilizados aos passageiros, nomeadamente em termos de frequências, horários disponíveis e número de origens e destinos servidos em combinação”, sublinha um comunicado da TAP enviado à CMVM.

 

Companhias manter-se-ão como “duas entidades juridicamente independentes”

O acordo “não implica qualquer alteração acionista ao nível da TAP ou da Azul, que continuam a ser duas entidades juridicamente independentes”, sublinha a mesma nota.

A implementação do acordo, no entanto, está “condicionada à prévia verificação de determinadas condições, entre outras, o acordo das partes relativamente a determinadas questões operacionais e a obtenção das autorizações e/ou não oposição e realização das comunicações necessárias junto das autoridades de regulação e da concorrência competentes”.

A Azul indicou que a parceria permitirá coordenar horários de voos, acelerar a sua expansão na Europa e juntar os programas de fidelização.

Da parte da TAP não há qualquer informação objectiva sobre o que poderá mudar no próximo ano, após a entrada em vigor desta parceria. Contudo, admite-se uma maior influência do acionista Atlantic Gateway, potenciada pelo facto de um dos seus sócios ser David Neeleman, fundador, acionista de referência e controlador da Azul.

A TAP SGPS tem presentemente como acionistas o Estado Português, através da Parpública, holding que gere as participações do Estado nas empresas públicas e de capital misto; e o consórcio Atlantic Gateway, formado pelos empresários português Humberto Pedrosa (Grupo Barraqueiro) e pelo norte-americano David Neeleman, que tem também nacionalidade brasileira. Cinco por cento do restante capital foi subscrito por trabalhadores da TAP, aquando da operação de reprivatização da empresa aérea portuguesa.

Não obstante a maioria de capital estar nas mãos do Estado Português, é notório que as decisões e as estratégias comerciais seguidas pela companhia são comandadas pela equipa de gestão de confiança de Neeleman, se bem que, naturalmente, tenham o conhecimento e concordância do acionista Estado, que detém nos órgãos de governo da companhia administradores qualificados.

E essa prevalência de David Neeleman na TAP está bem explicada pelo próprio, numa recente declaração publicada na imprensa portuguesa, no final de novembro, que foi enviada pelo fundador da Azul à agência de notícias ‘Lusa’: “Eu pessoalmente em conjunto com a Azul, empresa que eu controlo, acreditamos no futuro da TAP e detemos hoje direitos equivalentes a mais de 70% dos direitos económicos da TAP”.

 

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