O Grupo TAP manteve na manhã deste domingo, dia 10 de Maio, uma média de 70% de voos efectuados de entre os que estavam programados. Trata-se de uma média semelhante à dos anteriores dias, desde 1 de Maio, em que as companhias aéreas TAP Portugal e PGA Portugália Airlines, têm sido afectadas pela greve de 10 dias dos pilotos, prevista para terminar à meia-noite deste domingo.
O porta-voz da companhia aérea portuguesa André Serpa Soares, disse aos jornalistas que até às 13h00 do dia de hoje [hora de Lisboa], do total dos voos programados foram realizados 159 voos e cancelados 64, isto faz uma percentagem de voos realizados de 71%, ligeiramente superior à que se verificou em outros dias de greve”, adiantou.
A mesma fonte lembrou que a média dos voos programados ronda os 300 voos por dia e remeteu para o final do dia informação sobre os últimos números, nomeadamente o impacto desta greve dos pilotos, que o ministro da Economia, António Pires de Lima, estimou já que deverá rondar um prejuízo final de cerca de 35 milhões de euros, refere um despacho da agência noticiosa portuguesa Lusa.
A greve na TAP decorre desde 1 de Maio, prolonga-se este domingo, e foi marcada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). Os pilotos convocaram a greve por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em Dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação de até 20 por cento no capital da empresa no âmbito da privatização.
Na sexta-feira, numa conferência de imprensa em Lisboa, o SPAC remeteu para uma próxima assembleia-geral a decisão de convocar uma nova greve e realçou que os custos de um acordo com a TAP são inferiores aos do impacto desta paralisação. Hélder Santinhos, dirigente daquela estrutura sindical, realçou que os custos da greve são na casa dos 30 milhões de euros e as exigências feitas pelo sindicato ao Governo e à TAP representam 6,5 milhões de euros por ano.