TAP começa a voar para a China antes do Verão com quatro voos semanais

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Os primeiros voos diretos da TAP para a China podem acontecer antes do verão de 2017, avançou nesta terça-feira, dia 27 de setembro, David Neeleman, sócio do consórcio ‘Atlantic Gateway’, que detém parte do capital privatizado da companhia aérea portuguesa.

A notícia foi divulgada nesta quinta-feira, dia 29 de setembro, pelo jornal de língua portuguesa ‘Hoje Macau, que se publica no antigo território português do Delta do Rio das Pérolas, que cita declarações do empresário à margem da III Cimeira do Turismo que decorreu no Museu do Oriente, na cidade de Lisboa.

“Inicialmente falámos com os nossos acionistas chineses, a HNA, na possibilidade de fazer dois voos, mas depois fomos à China e eles disseram que podíamos fazer quatro voos semanais e portanto vamos fazer quatro voos para Pequim já no ano que vem e acredito que seja possível antes do verão”, disse o empresário norte-americano, que também detém a nacionalidade brasileira e que fundou e controla a companhia Azul Linhas Aéreas Brasileiras.

Neeleman até comentou que, da próxima vez que for à China, ainda consegue chegar acordo para se fazerem não quatro, mas sim sete voos semanais para a China e comentou mesmo, referindo-se à HNA Airlines: “É bom ter um tio rico”, cita o ‘Hoje Macau’.

A HNA obteve autorização para lançar uma rota para Portugal no início de Junho deste ano e a concretizar-se como Neeleman e a TAP estão a planear será a primeira ligação aérea direta entre Portugal e a China.

O problema pode mesmo ser o Aeroporto de Lisboa que Neeleman diz ser cada vez mais pequeno para os objectivos de crescimento da empresa. “Nós precisamos de mais pistas, mais terminais. Há muita coisa que queríamos fazer, mas não podemos”, comentou.

Para Neeleman, uma das soluções é mesmo o Portela+1, usando a base do Montijo que ficaria para as low cost como a EasyJet ou a Ryanair. O empresário acredita que estas duas empresas não teriam qualquer entrave em mudar a sua base de operações para lá, principalmente a EasyJet que, assim, libertaria o Terminal 2 do Aeroporto de Lisboa para a TAP e isso já permitiria à empresa crescer.

 

A TAP já voou para Macau, atualmente Região Admistrativa Especial da China, na última década do século passado, território que ao tempo estava sob administração portuguesa. As ligações regulares realizavam-se duas vezes por semana, tendo o primeiro voo partido de Lisboa no dia 2 de abril de 1996 num avião Airbus A340-300. Fazia escala em Bruxelas e o tinha code-share com a Sabena, companhia nacional belga, entretanto extinta. Terminou 30 meses depois, em 31 de outubro de 1998, antes de Portugal ter entregue o território à China a 19 de dezembro de 1999. A razão que levou à saída da TAP da linha, invocada ao tempo, foram os altos custos da rota, muito longa e a exigir um grande esforço operacional à companhia portuguesa, com altas despesas que a tornavam altamente deficitária e muito pouco competitiva.

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